Domingo 13º do Tempo Comum, 02/07/2023; Dia do Papa
At 12,1-11; Sl 33/34; 2 Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19
- E se o Papa errasse?
Hoje é o dia do Papa porque é a solenidade de São Pedro, de quem o Papa é sucessor. Hoje é também o dia de todos aqueles que amam e propagam a verdade, juntamente com o Sucessor de Pedro. Um desses grandes homens foi sem dúvida o apóstolo São Paulo, no qual podemos ver a figura de todos aqueles santos bispos que evangelizam com toda a fidelidade aquela Verdade que salva, Jesus Cristo.
Tanto São Pedro quanto São Paulo, tanto o Papa como os bispos, todos devem estar a serviço da Palavra e da Fé. O ministério deles só se explica no contexto da profissão católica: Jesus, “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Fora desta Profissão de Fé, Papas e Bispos merecem o mesmo respeito que uma senhora que limpa as ruas e as nossas calçadas. Entendam: não desprezamos nem as pessoas nem as funções dos sucessores dos Apóstolos, ao mesmo tempo exaltamos todas as pessoas que vivem humana e sobrenaturalmente.
Há muita gente que teme desnecessariamente, perguntando-se: e no caso de um Papa proclamar alguma coisa que vá contra a Fé da Tradição da Igreja? Esta pergunta quase não tem sentido, em primeiro lugar porque isso não pode acontecer, pois é dogma de fé que o Papa é infalível somente em questões de fé e de moral, e quando proclama essas verdades com a sua autoridade de Romano Pontífice (ex cathedra), isto é, solenemente. Em segundo lugar porque, nesta hipótese absurda, se o Papa afirmasse algo contra a Fé Católica, uma tal afirmação nem seria afirmação, pois contra a Fé o Papa nada pode, nem seria solene, pois a Cátedra de Pedro não serve para a proclamar o erro. Dito com outras palavras, tal afirmação não seria nem de fé nem seria solene, mas apenas uma desvario do Santo Padre, que deveria ser rejeitado pela catolicidade através da resistência filial. Deixando as hipóteses de lado, amemos o Papa, rezemos pelo Papa, queiramos sempre o bem da Igreja querendo o bem do Sucessor de Pedro. Ao mesmo tempo, como São Paulo, sejamos filhos do Papa, mas principalmente filhos de Deus, que é a Suprema Verdade, a quem todos estamos submetidos.
Pe. Françoá Costa
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