Homilia do Padre Françoá Costa – XI Domingo do Tempo Comum |Ano A

Domingo 11º do Tempo Comum, 18/11/2023

Ex 19,2-6; Sl 99; Rm 5,6-11; Mt 9,36-10,8

  • Palavra, Perdão e Sacrifício

A compaixão de Jesus Cristo é bem objetiva, pois ele olha as ovelhas sem pastor (Mt 9,36), e seguida de uma resolução: “Chamou os doze discípulos e deu-lhes autoridade” (Mt 10,1). Trata-se de algo típico de Nosso Senhor Jesus Cristo: ele olha a pessoa com determinado problema e dá a solução, ele observa as multidões desatendidas e inventa a solução. É bonito ver Jesus Cristo atento às necessidades dos seres humanos, às misérias da humanidade. É mais belo ainda vê-lo a buscar soluções humanas e divinas para sanar uma fraqueza humana.

Não faz muito tempo, celebramos o Sagrado Coração de Jesus, que tanto nos amou. Naquela solenidade, a Igreja costuma rezar por todos os sacerdotes, para que cada um seja o amor do Coração de Jesus para curar o mundo. Indubitavelmente, a solução para o mundo é o sacerdócio de Cristo perpetuado nesses homens que nós chamamos de padres, os quais existem para pregar a Palavra de Deus com autoridade divina, perdoar os pecados de maneira cirúrgica e rezar o Santo Sacrifício da Missa com a intensidade do mistério da Cruz. Os primeiros padres foram os Apóstolos, encabeçados visivelmente por São Pedro; os padres atuais são esses que nós conhecemos, encabeçados visivelmente pelo Sucessor de São Pedro, o Papa.

A missão do sacerdote fica bem clara em Mt 10,7-8. Em primeiro lugar precisam “proclamar que o Reino está próximo”, ou seja, devem pregar a Palavra de Deus, que é Jesus Cristo, com a autoridade que lhes foi concedida; consequentemente, cada homilia do padre deveria ser feita com o primor do estudo e a unção espiritual. Em um segundo momento, é necessário “curar os doentes, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios”, ou seja, devem perdoar os pecadores de maneira cirúrgica, sem deixar nenhum foco de novas doenças espirituais; estas coisas acontecem no sacramento da confissão. Finalmente, não por ser menos importante, mas por ser a mais excelente, os padres “dão de graça o que de graça receberam”, ou seja, devem rezar o Santo Sacrifício da Missa, a graça do Calvário, com a gratuidade de quem transmite os dons de Deus com fidelidade à Tradição perene da Igreja de Jesus Cristo. Desta forma, Jesus socorre a multidão abatida: com a Palavra, com o perdão, com o Sacrifício. Recebamos os seus dons.

Pe. Françoá Costa

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