Conduzir pelo caminho certo

Conduzir pelo caminho certo

04/12/2021 – Sábado da primeira semana Advento – C

Leituras: Is 30,19-26; Sl 46; Mt 9,35-10,8

Os santos de Deus, especialmente quando são sacerdotes, são pessoas que nos conduzem ao céu. Os sacerdotes devem ser pastores que indicam de maneira segura o caminho, como fê-lo Isaías: “Este é o caminho, segui-o, quer andeis à direita quer à esquerda” (Is 30,21). Cristão, olha para Jesus, segue a Jesus, conhece Jesus, ama Jesus, faz a vontade de Jesus. A questão não é ser de direita ou de esquerda ou do centro, mas se, simplesmente, discípulo de Jesus, isto é, um bom católico.

Há muita gente “cansada e abatida como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). Certamente há muitas reuniões pastorais, mas não há horários de confissões acessíveis ao povo, que trabalha nos horários em que os sagrados pastores atendem, sendo assim essas pessoas são deixadas de lado. Evidentemente, há muitas Missas, mas não há a introdução das pessoas no santo sacrifício do Senhor através de uma pregação bem preparada e dita com oratória, muito menos pela piedade sacra que mostre a todos os fiéis que estamos diante de algo que exige profunda reverência. Claramente há catequese, mas, quiçá, o que não existe é uma exposição sistemática da fé, de tal maneira que as pessoas entendam que suas mentes devem estar forjadas em Cristo para que consigam viver o cristianismo de maneira autêntica. Por esses e outros motivos, o nosso povo muitas vezes encontra-se abandonado aos planos de pastorais, por vezes vazios de conteúdo e vida.

Diante desse quadro, Jesus enviou os seus discípulos com autoridade para pregar a Palavra e para curar todos os males (Mt 10,1-8). isso mesmo: Jesus continua a enviar discípulos nos nossos tempos que nos alertem para a necessidade da doutrina, para a importância do batismo e da confissão, para a participação ativa e piedosa no santo sacrifício da Missa, para viver e amar de verdade a nossa fé. Ele envia muitos discípulos seus para cuidar dos doentes, para socorrer os famintos, para amar os abandonados.

São João Damasceno (675-749), por exemplo, teve que enfrentar um grupo de cristãos no Oriente que se levantaram contra as sagradas imagens de Jesus, de Maria e dos demais santos, eram “iconoclastas”, isto é, “quebradores de imagens”. João Damasceno levantou-se contra essas doutrinas erradas (heresias) e em defesa das sagradas imagens, baseando-se no fato de que o próprio Cristo é a imagem do Pai pelo mistério da sua encarnação. O Segundo Concílio de Nicéia (787) defendeu então a doutrina que os cristãos tinham recebido da Tradição, proclamando para toda a Igreja a aceitação e veneração das sagradas imagens.São João Damasceno foi, de fato, um bom pastor para a sua época e defendeu a fé dos nossos Pais. Tenhamos em conta o exemplo e a intercessão desse grande santo em nossas batalhas diárias em favor da fé em nossa vida e na dos nossos irmãos.

Padre Françoá Costa
E-mail: [email protected]
Instagram: @padrefcosta

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