RITOS INICIAIS
Sl 129, 3-4
ANTÍFONA DE ENTRADA: Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá salvar-se? Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.
Introdução ao espírito da Celebração
Os textos litúrgicos deste Domingo convidam-nos a reflectir sobre as escolhas que fazemos. É preciso, por vezes, renunciar a certos valores perecíveis, a fim de adquirir os valores eternos. A riqueza é um valor terreno, caduco; a Sabedoria possui um brilho que não se extingue, permanece eternamente. Comparando riqueza e Sabedoria, o Autor sagrado considera «a riqueza como nada. Todo o ouro, à vista dela, não passa de um pouco de areia e a prata é considerada como lodo».
A Sabedoria Divina comunica-se aos homens por meio da Palavra de Deus.
ORAÇÃO COLECTA: Nós Vos pedimos, Senhor, que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas acções e nos torne cada vez mais atentos à prática das boas obras. Por Nosso Senhor…
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Monição: O Autor sagrado apresenta-nos um hino à sabedoria. O texto convida-nos a adquirir a verdadeira sabedoria e a prescindir dos valores efémeros que não realizam o homem. O verdadeiro sábio pode afirmar «Com a Sabedoria me vieram todos os bens e, pelas suas mãos, riquezas inumeráveis».
Sabedoria 7, 7-11
7Orei e foi-me dada a prudência; implorei e veio a mim o espírito de sabedoria. 8Preferi-a aos ceptros e aos tronos e, em sua comparação, considerei a riqueza como nada. 9Não a equiparei à pedra mais preciosa, pois todo o ouro, à vista dela, não passa de um pouco de areia e, comparada com ela, a prata é considerada como lodo. 10Amei-a mais do que a saúde e a beleza e decidi tê-la como luz, porque o seu brilho jamais se extingue. 11Com ela me vieram todos os bens e, pelas suas mãos, riquezas inumeráveis.
A leitura é tira da 2ª parte da obra (Sab 6, 22 – 9, 18), que trata da verdadeira sabedoria, aquela que leva a Deus, e do modo de a alcançar. Estas palavras inspiradas – um maravilhoso hino à Sabedoria, a terminar com uma bela oração a pedi-la – são postas na boca de Salomão, rei sábio por excelência (cf. 1 Re 4, 25-30). Trata-se dum artifício literário destinado a chamar a atenção do leitor, pois o livro foi escrito em grego tardiamente, já no séc. I a. C, o último livro do cânon do A. T.
7-11 «Orei… implorei…». A sabedoria tem em Deus a sua origem: o próprio Salomão não a tinha por nascimento, mas como fruto da sua oração. Ela excede todos os bens terrenos, mesmos os mais preciosos, e «com ela me vieram todos os bens», numa alusão a 1 Re 3, 7-14, onde se conta como Deus concedeu a Salomão um acréscimo de outros bens, tendo ele pedido apenas a sabedoria.
Salmo Responsorial Sl 89 (90), 12-13.14-15.16-17 (R. 14)
Monição: O salmo de hoje recorda-nos a brevidade da vida humana. «Mil anos diante e Vós são como uma vigília da noite. Ensinai-nos, Senhor a contar os nossos dias!» (v.4.12) Foi escolhido para refrão o versículo 14. Os crentes louvam a Deus, neste Domingo, cantando: «Enchei-nos da vossa misericórdia! Será ela a nossa alegria!»
Refrão: SACIAI-NOS, SENHOR, COM A VOSSA BONDADE
E EXULTAREMOS DE ALEGRIA.
Ou: ENCHEI-NOS DA VOSSA MISERICÓRDIA:
SERÁ ELA A NOSSA ALEGRIA.
Ensinai-nos a contar os nossos dias,
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando?
Tende piedade dos vossos servos.
Saciai-nos, desde a manhã, com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Compensai em alegria os dias de aflição,
os anos em que sentimos a desgraça.
Manifestai a vossa obra aos vossos servos
e aos seus filhos a vossa majestade.
Desça sobre nós a graça do Senhor.
Confirmai em nosso favor a obra das nossas mãos.
Segunda Leitura
Monição: O Autor da carta aos Hebreus convida-nos a escutar a Palavra de Deus, «viva e eficaz». Uma vez acolhida no nosso coração, esta Palavra ilumina-nos para sabermos apreciar rectamente todas asa coisas. Assim podemos «discernir os pensamentos e intenções do coração.»
Hebreus 4, 12-13
12A palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada de dois gumes: ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do espírito, das articulações e medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. 13Não há criatura que possa fugir à sua presença: tudo está patente e descoberto a seus olhos. É a ela que devemos prestar contas.
Este célebre texto constitui não só um elogio da Palavra de Deus, mas também um veemente apelo à responsabilidade para todos os que a ouviram, a fim de não deixarem «endurecer o coração» (Hebr 3, 8.15; 4, 7; cf. Salm 95 (94), 8-11), sobretudo quando essa Palavra foi proclamada pelo próprio Filho de Deus (cf. Hebr 1, 2).
«A Palavra de Deus» é a sua voz (cf. v. 7), que se faz ouvir na Escritura, na pregação da Igreja, no íntimo da alma e que continua viva e actuante: «viva e eficaz…» (cf. Dt 32, 47; Jo 6, 68; Is 55, 10-11). A força penetrante da Palavra é descrita com a linguagem de Filon de Alexandria, para aludir ao seu poder de julgar. Ela penetra até naquele reduto impenetrável da consciência, onde o homem é o senhor exclusivo das suas decisões, onde se situam as próprias intenções mais secretas; ela invade até nas mais recônditas profundidades do ser humano, de tal maneira que este não pode esquivar-se nem dissimular o que se passa no seu interior. «As qualidades da Palavra de Deus são tais que uma pessoa não se pode esquivar à sua imperiosa autoridade, nem à hipótese de iludir a nossa responsabilidade em face dela» (W. Leonard). O seu poder discriminatório para julgar e discernir é expresso em termos de «dividir» aquilo que é impossível de destrinçar («alma e espírito»), ou muito difícil de separar («articulações e medulas»). E é atribuído à Palavra um conhecimento que só Deus possui, identificando-a expressamente com Deus no v. 13 (cf. Salm 139): «tudo está patente e descoberto a seus olhos»; note-se que «descoberto» é um particípio perfeito passivo grego derivado de «trákhlelos» (pescoço), o que faz lembrar a imagem do sacerdote que descobre o pescoço das vítimas a fim de desferir o golpe de misericórdia, sugerindo-se assim a seriedade e o dramatismo daquilo que é o «prestar contas» a Deus.
Aclamação ao Evangelho Mt 5, 3
Monição: Aclamemos Jesus Cristo, nosso divino Mestre que nos ensina a renunciar aos bens terrenos e a utilizá-los de tal modo que possamos alcançar os bens eternos.
ALELUIA
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Evangelho
*Forma longa: São Marcos 10, 17-30 Forma breve: São Marcos 10,17-27
Naquele tempo, 17ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?» 18Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. 19Tu sabes os mandamentos: ‘Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’». 20O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude». 21Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». 22Ouvindo estas palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, porque era muito rico. 23Então Jesus, olhando à volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!»24Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! 25É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». 26Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?» 27Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível».
28Pedro começou a dizer-Lhe: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». 29Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, 30receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna».
O protagonista desta cena é alguém «muito rico», que era jovem (cf. Mt 19, 22) e pessoa importante (cf. Lc 18, 18), humanamente vistas as coisas, alguém que deveria ser aproveitado para uma grande empresa, como era o Reino de Deus. O episódio mostra que o Reino não só não consiste em bens materiais, como também exige o desprendimento deles. O diálogo entre Jesus e o jovem é profundo, como profundo, exigente e amável é o olhar de Jesus, que Marcos refere por três vezes (vv. 21.23.27). O próprio jovem começa por pôr a questão mais profunda, a que ninguém se pode esquivar, a da salvação: «que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?» (v. 17). O jovem cumpria os mandamentos, mas não passava além duma aurea mediocritas. Para ser apto para o Reino de Deus, não bastava cumprir; faltava-lhe uma coisa(v. 21): a entrega, a generosidade, a alegria profunda de dar e de se dar sem pôr condições. A cena do jovem que se retirou triste oferece uma ocasião para Jesus voltar a expor a doutrina da pobreza evangélica e do desprendimento. Mas não se limita a insistir (vv. 23.24) no perigo das riquezas para se ser bom, à maneira dum sábio grego: «é impossível que um homem extraordinariamente bom seja extraordinariamente rico» (Platão, Leis, V, 12); Jesus fala da impossibilidade de entrar no Reino de Deus, o que deixa os discípulos assombrados (vv. 24.26). No entanto, atalha: «a Deus tudo é possível» (v. 27), pois Ele pode conceder a graça de uma pessoa usar bem as riquezas, ou mesmo até de renunciar radicalmente aos bens terrenos. A cena termina com as garantias para os primeiros discípulos que deixaram tudo e seguiram Jesus, umas garantias válidas para todos em todos os tempos (vv. 28-30). Notar como em Marcos as promessas de felicidade e bem-aventurança incluem as perseguições por causa de Jesus e do Evangelho (v. 29; cf. Mt 5, 10-12).
25 «É mais fácil entrar um camelo pelo fundo duma agulha…». Note-se como Jesus, falando de coisas sérias, o faz com bom humor, pondo os seus ouvintes a sorrir ao imaginarem a divertida cena de um camelo nas suas repetidas tentativas de passar por um lugar por onde não podia caber.
Sugestões para a homilia
Seguir Jesus implica desapego das riquezas.
«Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna»?
Contemplemos esta cena cheia de colorido e de movimento. Aparece um homem correndo. Ajoelha-se diante de Jesus e manifesta o seu desejo de «alcançar a vida eterna». É um homem rico, tendo tudo o que parece suficiente para ser feliz: possuiu muitos bens, leva uma vida moralmente correcta. Não vem ter com Jesus para o experimentar, pois a sua atitude de respeito, revela sinceridade e preocupação com uma questão vital: a vida eterna.
A resposta de Jesus remete o homem para os Mandamentos da Lei: «não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe». Viver de acordo com o Decálogo é uma condição necessária para chegar à vida eterna. O homem explica que desde a juventude tem cumprido os mandamentos da Lei. Trata-se de um crente empenhado. Jesus reconhece esta rectidão, por isso, olha para ele «com simpatia» e convida-o a ir mais longe: «vai vender o que tens e dá o dinheiro aos pobres. Depois vem e segue-Me. Terás um tesouro no Céu». Dar o dinheiro aos pobres. Seguir Jesus. Por outras palavras, Jesus pede-nos desprendimento das riquezas, partilha com os pobres para podermos segui-Lo. Apesar de toda a sua boa vontade, o homem não está preparado para renunciar aos seus «muitos bens» e afasta-se triste. Quem se atreve a acusá-lo? A história do homem rico retrata todos os seguidores de Jesus. Não desejamos nós a perfeição e a vida eterna? Contudo, estamos determinados a pôr em prática os conselhos de Jesus? Quantas vocações falhadas porque recusam o convite divino! Quanto apego ao dinheiro! Os cristãos dos países ricos, apesar de tanta abundância, vivem tristes, não são felizes!
O aviso deste Evangelho é muito sério! Quem não é capaz de renunciar aos bens passageiros deste mundo não pode entrar no Reino celeste! As riquezas quando nos prendem e escravizam não são apenas uma dificuldade para entrarmos na vida eterna, mas são um verdadeiro impedimento: «é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus». Atenção! Jesus repetiu, de vários modos este ensinamento: «Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Luc 16,13) porque « as preocupações das riquezas abafam a Palavra de Deus» (Mat 13,22). Que o dinheiro nos «sirva» todos estamos de acordo. Que o dinheiro nos domine como um tirano a quem nós servimos como escravos, Jesus não pode aceitar.
O Evangelho não esconde a reacção dos discípulos face a esta radicalidade: «quem pode, então, salvar-se?» Em resposta, Jesus pronuncia palavras de conforto, apresentando o poder de Deus como incomparavelmente maior do que a fraqueza humana «aos homens é impossível, mas não a Deus». Depois de pronunciar palavras duras condenando o nosso apego às riquezas, Jesus abre-nos as portas da esperança, «porque a Deus tudo é possível»!
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, as orações e as ofertas dos vossos fiéis e fazei que esta celebração sagrada nos encaminhe para a glória do Céu. Por Nosso Senhor…
Monição da Comunhão
Com Nossa Senhora cantemos «Magnificat», louvando o Senhor que «enche de bens os famintos e despede os ricos de mãos vazias» (Luc 1, 53)
Rezemos a Jesus, Mestre do Impossível: «Ensinai-nos, Senhor, a contar os nossos dias para alcançarmos a sabedoria do coração» (Salmo 89,12).
Sl 33, 11
ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Os ricos empobrecem e passam fome; mas nada falta aos que procuram o Senhor.
Ou:
cf. 1 Jo 3, 2
Quando o Senhor se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos na sua glória.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Deus de infinita bondade, que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, tornai-nos também participantes da sua natureza divina. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
RITOS FINAIS
Monição final
«Não é nada o que deixámos por Deus, que nos oferece os Seus tesouros. Que farsa é tudo o que há no mundo. Mesmo que os seus deleites durassem sempre, mesmo que as riquezas durassem tanto quanto pudéssemos imaginar, tudo isso é lixo comparado com a sabedoria Divina e os tesouros do Céu que ela encerra. Ó cegueira humana!»
(Santa Teresa de Jesus, 6ª Morada, 4, 9-11)
HOMILIAS FERIAIS
2ª Feira: Jesus é sempre um sinal para nós.
Rom 1, 1-7 / Lc 11, 29-32
Tal como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim também o filho do homem o será para esta geração.
Jonas conseguiu a conversão dos habitantes de uma cidade; Salomão era ouvido pela sua sabedoria (Ev). Para nós o sinal é Jesus Cristo: a Ele pediremos a graça das nossas conversões; n’Ele encontraremos uma resposta sábia para todos os nossos problemas.
A Ele devemos igualmente a graça e a dignidade de filhos de Deus (Leit). Por isso, o nosso comportamento como filhos de Deus terá n’Ele o modelo perfeito, o Caminho a seguir, a Verdade que nos liberta, e a Vida autêntica.
3ª Feira: O Evangelho, fonte de salvação.
Rom 1, 16-25 / Lc 11, 37-41
Eu não me envergonho do Evangelho, que ele é força de Deus para a salvação de todo o crente.
O Evangelho devia ser a fonte de toda a nossa actuação. Mas infelizmente podemos esquecer-nos de Deus, podemos não lhe dar toda a glória, trocamos a verdade de Deus pela mentira, etc. (Leit).
O Evangelho, pregado por Cristo também nos pede que cuidemos muito o nosso interior (Ev), para evitar que a nossa vida seja apenas de fachada, para que os nossos sentimentos sejam os sentimentos de Jesus, para termos uma vida interior muito forte e que as nossas obras sejam um reflexo dela.
4ª Feira: Descuidos a evitar.
Rom 2, 1-11 / Lc 11, 42-46
Pelo teu coração duro e impenitente, estás a acumular sobre ti a indignação divina.
Jesus mostra-se indignado com o comportamento dos fariseus e doutores da Lei (Ev). Um dos descuidos que lhes aponta é a minúcia com que se ocupam das coisas humanas e a omissão das coisas de Deus, que são bem mais importantes; o outro é que sobrecarregam os outros e eles não mexem uma palha…
S. Paulo também pede que não julguemos os outros (Leit), porque podemos cometer os mesmos erros. De facto, é muito fácil cairmos na crítica habitual, porque reparamos apenas nos defeitos, esquecendo-nos das virtudes.
5ª Feira: Desejo de expiação pelos pecados.
Rom 3, 21-29 / Lc 11, 47-54
Sim, Eu digo-vos que serão pedidas contas a esta geração.
Todos pecámos e ficámos privados da glória de Deus. Mas Jesus expiou pelos pecados de todos pela Sangue derramado na Cruz (Leit). Por isso, por todas as ofensas que cometemos, seremos chamados a prestar contas (Ev).
Procuremos imitar Jesus, vivendo a expiação pelos nossos pecados e pelos dos outros, oferecendo pequenos sacrifícios e penitências por estas intenções. Façamos mais actos de desagravo aos Corações de Jesus e de Maria pelas ofensas que diariamente se cometem.
6ª Feira: Ninguém está esquecido diante de Deus.
Rom 4, 1-8 / Lc 12, 1-7
E nem um deles (dos passarinhos) está esquecido diante de Deus.
Deus não se esquece de nada nem de ninguém: estamos sempre presentes diante d’Ele (Ev). É um Pai que se preocupa por todas as coisas dos filhos, mesmo as mais insignificantes: «até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados» (Ev).
Aos olhos de Deus seremos felizes se nos aproximarmos do sacramento da Confissão: «felizes a quem foram perdoados os delitos» (Leit). E também se nos esforçarmos por evitar qualquer tipo de pecado: «Feliz do homem a quem o Senhor não atribuir pecado».
Sábado: Deus cumpre as suas promessas.
Rom 4, 13. 16-18 / Lc 12, 8-12
Contra toda a esperança humana, Abraão teve esperança e acreditou. Por isso, tornou-se pai de muitas nações.
Deus tinha prometido a Abraão uma descendência numerosa e pediu-lhe que lhe imolasse o filho único. Teve esperança e a promessa de Deus cumpriu-se (Leit).
Jesus promete um reconhecimento especial a quem d’Ele der testemunho aqui na terra (Ev). E também promete a assistência do Espírito Santo para os casos difíceis e para o nosso empenho na proclamação da Boa Nova. Procuremos falar de Deus mesmo que o ambiente seja hostil, e não escondamos a nossa condição de católicos.