Roteiro Homilético – V Domingo da Quaresma – Ano A

RITOS INICIAIS

Salmo 42, 1-2

ANTÍFONA DE ENTRADA: Fazei-me justiça, meu Deus, defendei a minha causa contra a gente sem piedade, livrai-me do homem desleal e perverso. Vós sois o meu refúgio.

Não se diz o Glória.

Introdução ao espírito da Celebração

Estamos desde há um mês a viver a Quaresma. Como vai a nossa preparação para a Páscoa? Já recebemos o sacramento da Reconciliação?

O Senhor vem mais uma vez ao nosso encontro nesta Eucaristia. Ele quer que nos purifiquemos para recebermos d’Ele a força que nos ajuda a sermos bons cristãos.

ORAÇÃO COLECTA: Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de viver com alegria o mesmo espírito de caridade que levou o vosso Filho a entregar-Se à morte pela salvação dos homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: Deus vem constantemente ao nosso encontro para nos perdoar, para nos abençoar, para nos salvar. Agradeçamos e permaneçamos sempre unidos ao Senhor.

Ezequiel 37, 12-14

12Assim fala o Senhor Deus: «Vou abrir os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar, ó meu povo, para vos reconduzir à terra de Israel. 13Haveis de reconhecer que Eu sou o Senhor, quando abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, ó meu povo. 14Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei-de fixar-vos na vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, o disse e o executei».

 

A leitura é extraída da 3ª parte de Ezequiel (cap. 33 – 48), destinada a confortar os exilados em Babilónia com palavras de esperança no futuro.

12 «Vos farei ressuscitar». Não se trata aqui da ressurreição final, mas da do povo de Deus, que, esmagado pelas duras provas do cativeiro, se ergue de novo e é reconduzido à Terra de Israel, segundo a célebre visão dos ossos relatada nos primeiros versículos deste mesmo capítulo.

14 «Infundirei em vós o meu espírito» (cf. Ez 36, 27). É um misterioso anúncio profético da acção do Espírito Santo nas almas com a obra salvadora de Cristo: «dar-vos-ei um coração novo e porei em vós um espírito novo; arrancarei o coração de pedra das vossas carnes e dar-vos-ei um coração de carne» (Ez 36, 26). S. Paulo, como faz na 2ª Leitura de hoje, há-de desenvolver a ideia da acção do Espírito Santo nas almas dos cristãos (Rom 8).

Salmo Responsorial    Sl 129 (130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 7)

Monição: Se reflectirmos diariamente no dom da Vida ficaremos maravilhados com tantas graças que o Senhor gratuitamente nos concede.

Refrão:         NO SENHOR ESTÁ A MISERICÓRDIA E ABUNDANTE REDENÇÃO.

Ou:                NO SENHOR ESTÁ A MISERICÓRDIA, NO SENHOR ESTÁ A PLENITUDE DA REDENÇÃO.

Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,

Senhor, escutai a minha voz.

Estejam os vossos ouvidos atentos

à voz da minha súplica.

Se tiverdes em conta as nossas faltas,

Senhor, quem poderá salvar-se?

Mas em Vós está o perdão,

para Vos servirmos com reverência.

Eu confio no Senhor,

a minha alma espera na sua palavra.

A minha alma espera pelo Senhor

mais do que as sentinelas pela aurora.

Porque no Senhor está a misericórdia

e com Ele abundante redenção.

Ele há-de libertar Israel

de todas as suas faltas.

Segunda Leitura

Monição: Cristo está connosco. Devemos merecer a Sua presença, afastando o pecado e seguindo sempre o Caminho que nos aponta.

Romanos 8, 8-11

Irmãos: 8Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. 9Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não Lhe pertence. 10Se Cristo está em vós, embora o vosso corpo seja mortal por causa do pecado, o espírito permanece vivo por causa da justiça. 11E, se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.

 

Temos, neste breve extracto de Rom 8, dois modos antitéticos de ser e de viver: segundo a carne segundo o Espírito. Viver segundo a carne é o mesmo que levar uma vida de pecado, por isso, os que se encontram nesta situação «não podem agradar a Deus».

9-11 Depois de ter falado em geral, S. Paulo dirige-se directamente aos fiéis baptizados: o facto de o Espírito Santo habitar neles subtrai-os ao «domínio da carne». Este habitar do Espírito Santo no fiel é um ponto fulcral da fé pregada por Paulo (cf. 1 Cor 3, 16-17; 6, 19; cf. Jo 14, 23), o que é afirmado por três vezes neste pequeno trecho: vv. 9.11a.11b. Aparece como garantia da vitória sobre a carne (v. 9) e sobre amorte (v. 11). Note-se como o Espírito Santo é chamado tanto Espírito de Deus (o Pai) – nos vv. 9 e 11a –, como Espírito de Cristo (o Filho) – nos vv. 10 e 11b –; com efeito, o Espírito Santo «procede do Pai e do Filho» e nos é «enviado» pelo Pai e pelo Filho.

Aclamação ao Evangelho

Jo 11, 25a.26

Monição: Jesus ressuscitou Lázaro. Também um dia nos ressuscitará. Com essa certeza somos animados a viver com muita confiança na Terra, sabendo que jamais nos separaremos d’Ele.

Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.   Quem acredita em Mim nunca morrerá.

Evangelho *

* O texto entre parêntesis pertence à forma longa e pode ser omitido.

Forma longa: São João 11, 1-45; forma breve: São João 11, 3-7.17.20-27.33b-45

1Naquele tempo, [estava doente certo homem, Lázaro de Betânia, aldeia de Marta e de Maria, sua irmã. 2Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com perfume e Lhe tinha enxugado os pés com os cabelos. Era seu irmão Lázaro que estava doente.] 3As irmãs mandaram então dizer a Jesus: «Senhor, o teu amigo está doente». 4Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus, para que por ela seja glorificado o Filho do homem». 5Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de Lázaro. 6Entretanto, depois de ouvir dizer que ele estava doente, ficou ainda dois dias no local onde Se encontrava. 7Depois disse aos discípulos: «Vamos de novo para a Judeia». [8Os discípulos disseram-Lhe: «Mestre, ainda há pouco os judeus procuravam apedrejar-Te e voltas para lá?» 9Jesus respondeu: «Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. 10Mas se andar de noite, tropeça, porque não tem luz consigo». 11Dito isto, acrescentou: «O nosso amigo Lázaro dorme, mas Eu vou despertá-lo». 12Disseram então os discípulos: «Senhor, se dorme, estará salvo». 13Jesus referia-se à morte de Lázaro, mas eles entenderam que falava do sono natural. 14Disse-lhes então Jesus abertamente: «Lázaro morreu; por vossa causa, 15alegro-Me de não ter estado lá, para que acrediteis. Mas vamos ter com ele». 16Tomé, chamado Dídimo, disse aos companheiros: «Vamos nós também, para morrermos com Ele».] 17Ao chegar, Jesus encontrou o amigo sepultado havia quatro dias. [18Betânia distava de Jerusalém cerca de três quilómetros. 19Muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão.] 20Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. 21Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». 23Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». 24Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição, no último dia». 25Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; 26e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?» 27Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». [28Dito isto, retirou-se e foi chamar Maria, a quem disse em segredo: «O Mestre está ali e manda-te chamar». 29Logo que ouviu isto, Maria levantou-se e foi ter com Jesus. 30Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar em que Marta viera ao seu encontro. 31Então os judeus que estavam com Maria em casa para lhe apresentar condolências, ao verem-na levantar-se e sair rapidamente, seguiram-na, pensando que se dirigia ao túmulo para chorar.32Quando chegou aonde estava Jesus, Maria, logo que O viu, caiu-Lhe aos pés e disse-Lhe: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido».] 33Jesus, [ao vê-la chorar, e vendo chorar também os judeus que vinham com ela,] comoveu-Se profundamente e perturbou-Se. 34Depois perguntou: «Onde o pusestes?» Responderam-Lhe: «Vem ver, Senhor». 35E Jesus chorou. 36Diziam então os judeus: «Vede como era seu amigo».37Mas alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito que este homem não morresse?» 38Entretanto, Jesus, intimamente comovido, chegou ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada. 39Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor, pois morreu há quatro dias». 40Disse Jesus: «Eu não te disse que, se acreditasses, verias a glória de Deus?»41Tiraram então a pedra. Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. 42Eu bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste». 43Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, sai para fora». 44O morto saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir». 45Então muitos judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele.

Neste domingo dito de Lázaro, temos o 7º e último dos sinais do IV Evangelho, que deixam ver Jesus como o Messias, não um messias sem mais, mas aquele que é a própria Vida, capaz de dar a vida aos mortos. É assim que o ponto culminante de toda esta secção (Jo 9) é a solene declaração de Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida» (v. 25). Mas toda a grandeza da sua pessoa divina aparece aqui tão profundamente humana, com uma sensibilidade tal que, perante a morte do amigo e a dor e desconsolo das irmãs do defunto, Ele se comove e perturba (v. 33.38), chegando mesmo a chorar (v. 35); Ele é o divino amigo, tão humanamente amigo! (vv. 3.5.11.36).

1 «Betânia» (ver Mt 26, 6; Mc 14, 3) era uma povoação situada na vertente oriental do Monte das Oliveiras, a uns 3 Km de Jerusalém (v. 18), distinta de outra Betânia, na Pereia (1, 28). Corresponde à actual El-Azariyeh, um nome derivado de Lázaro.

2 Porque esta unção do Senhor só é contada no capítulo 12, no Ocidente veio a pensar-se que esta Maria de Betânia seria a pecadora que em Lc 7, 37 tinha ungido o Senhor, o que não parece provável. Nenhuma das duas mulheres se deverá confundir com Maria Madalena (19, 25; 20, 1.18; Lc 8, 2). Foram confundidas no Ocidente inclusive no Missal Romano, até à reforma de Paulo VI.

25-26 São dois versículos paralelos, mas com distinto matiz: Jesus é a «Ressurreição», porque leva os crentes à ressurreição final (v. 25: «viverá») prefigurada na de Lázaro (que ainda não é a ressurreição gloriosa); e é a «Vida», porque dá aos crentes a vida espiritual (sobrenatural), uma vida que não morre (v. 26). Entendido assim o texto, teríamos aqui a síntese da escatologia já presente (tão típica de S. João) e da escatologia do fim dos tempos, compenetrando-se de forma harmoniosa e coerente.

39 «O quarto dia»: todos estão de acordo quanto ao significado simbólico da ressurreição de Lázaro, o que não quer dizer que esta seja um mero símbolo; se assim fosse, deveria ser ao terceiro dia, como a de Jesus, e não ao quarto dia.

44 Deixai-o andar. A tradução litúrgica «deixai-o ir» (para sua casa), embora gramaticalmente correcta, parece imprópria, pois pode fazer supor desinteresse de Jesus pela pessoa do seu amigo Lázaro…

49-53 Temos aqui mais um paradoxo: o último pontífice da Antiga Aliança, sem saber, profetiza a investidura de Jesus como o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, selada com o seu próprio sangue. José Caifás(cf. Jo 18, 13-14.28) exerceu a sua função entre os anos 18 a 36 da era cristã.

Sugestões para a homilia

Deus ama o Seu Povo

Amamos Jesus que ressuscita Lázaro

Vivemos no mundo a caminho do Céu

Deus ama o Seu Povo

Desde toda a eternidade o Senhor pensa em nós. Como Ele ama o Seu Povo!…

No Antigo Testamento, através dos Profetas, transmite uma mensagem de salvação (1.ª Leitura).

Há dois mil anos veio Ele próprio à Terra para nos salvar. Prega através do exemplo. Não há nada imperfeito na Sua vida. Convida toda a gente a cumprir a Lei de Deus, os Mandamentos. Oferece as graças através dos Sacramentos. Aponta o caminho da felicidade, o caminho das bem-aventuranças.

Faz milagres: dá vista aos cegos, faz ouvir os surdos, ensina os mudos a falar, cura os doentes, ressuscita os mortos…

Amamos Jesus que ressuscita Lázaro

O Evangelho desta Missa descreve com todos os pormenores a ressurreição de Lázaro. As suas irmãs, Marta e Maria, comunicam a Jesus o que se está a passar. Jesus, logo que pode, vai até Betânia. Ao ver o amigo Lázaro, morto, comove-se e chora…

Quando morre algum familiar ou algum amigo também nós choramos. É humano! Deixamos de falar com quem partiu. Ao vermos o seu lugar vazio sentimos saudade. Quem nos dera, nesses momentos de dor e angústia, termos o Senhor junto de nós para Lhe pedirmos a graça da ressurreição!…

Jesus, seguidamente, reza: «Pai, dou-Te graças por Me teres escutado…». Que bela oração! Mesmo nos dias de sofrimento devemos agradecer ao Senhor…

Só Deus tem poder sobre a morte. Nós já o sabemos. Sabemos porque temos Fé. Mas os ateus não acreditam. Por isso Jesus mostra que é Deus, que tem poder de ressuscitar. Junto ao seu túmulo, brada com voz forte para que todos ouçam bem: «Lázaro, vem para fora».

Quem se sentiu mais feliz nessa ocasião?!… Lázaro que volta à vida, quatro dias após ter morrido, para de novo acolher o Senhor?! Marta e Maria que o recebiam de novo na sua casa?! Os discípulos de Jesus ao verem confirmada a Fé na Sua divindade?! O próprio Jesus que iria morrer em breve para ressuscitar glorioso?!…

Nós, cristãos do século XXI, sentimo-nos muito felizes ao revivermos hoje a ressurreição de Lázaro.

Vivemos no mundo a caminho do Céu

Jesus há-de ressuscitar-nos também um dia quando deixarmos este mundo. Depois será a felicidade eterna com Ele no Céu.

Mas até lá temos de cumprir a Sua vontade no mundo. O pecado não pode ser praticado por nós (2.ª Leitura). Amando as pessoas que o cometem, denunciamos as injustiças, os crimes, os atentados, a guerra, o homicídio, o suicídio, o aborto, a eutanásia…

Denunciamos e procuramos afastar o mal do mundo. Não queremos que as gerações futuras nos acusem de nada termos feito para tornar o mundo melhor. Procuramos apresentar os valores que dão sentido à vida.

Amamos a criança que vai nascer. Acreditamos no jovem que sonha transformar a sociedade. Acompanhamos o velhinho que quer ser respeitado e estimado até ao fim.

Dizemos aos esposos que se amem durante toda a vida. Dizemos aos pais que se dediquem inteiramente aos filhos. Dizemos aos filhos que sejam eternamente gratos a seus pais.

Pedimos aos professores que saibam ser bons mestres e bons educadores. Pedimos aos alunos que aprendam bem pois assim se aproximarão cada vez mais de Deus…

Recordamos aos médicos e enfermeiros que devem estar sempre do lado da vida. Recordamos aos doentes que rezem, meditem e façam bem aos outros através do sofrimento e do exemplo.

Exigimos aos governantes que sirvam o povo que os elegeu e assim todas as pessoas viverão com dignidade.

Lembramos aos ministros do Senhor que sejam fiéis à sua vocação. Deus precisa deles para continuar a salvar o mundo.

Quando surgirem noites de insónia, céu sem estrelas, escuridão à nossa frente não desanimemos pois com os anjos, os santos e a Virgem Maria viveremos felizes com o Senhor para sempre.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Ouvi-nos, Senhor Deus omnipotente, e, pela virtude deste sacrifício, purificai os vossos servos que iluminastes com os ensinamentos da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio

 

A ressurreição de Lázaro

V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor.

Como verdadeiro homem, Ele chorou pelo seu amigo Lázaro; como Deus eterno, ressuscitou-o do túmulo; compadecido da humanidade, fez-nos passar da morte à vida, mediante os sacramentos pascais.

Por Ele Vos adoram no Céu os coros dos Anjos e se alegram eternamente na vossa presença. Com eles também nós proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:

SANTO

Monição da Comunhão: Este é o momento privilegiado em que, devidamente preparados, podemos receber o Senhor na Comunhão. Adoremos, louvemos, agradeçamos e peçamos tudo o que Ele nos quer dar para nossa salvação.

 

Jo 11, 26

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Aquele que vive e crê em Mim não morrerá para sempre, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Deus omnipotente, concedei-nos a graça de sermos sempre contados entre os membros de Cristo, nós que comungámos o seu Corpo e Sangue. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

RITOS FINAIS

Monição final

Jesus vai receber uma aclamação solene em Domingo de Ramos. Jesus vai morrer por nós em Sexta-Feira Santa. Jesus vai ressuscitar glorioso no Domingo de Páscoa. Acompanhemo-l’O com uma vida santa para com Ele vivermos eternamente felizes.

HOMILIAS FERIAIS

5ª SEMANA

2ª feira, 10-III: O perdão de Deus e a conversão.

Dan 13, 41-62 / Jo 8, 1-11

Ninguém te condenou? Também eu não te condeno. Vai e doravante não tornes a pecar.

Susana foi acusada injustamente de um pecado de adultério e salva de morte certa pela intervenção de Daniel (cf. Leit). O mesmo aconteceu à mulher adúltera, que foi salva da morte temporal e da morte eterna (cf. Ev).

Apesar dos nossos pecados, devemos aumentar a esperança de salvação, porque Jesus ofereceu a sua vida para nos obter a vida eterna. Como Filho de Deus tem o poder de perdoar os nossos pecados, e exerce esse poder: «os teus pecados são-te perdoados» (Ev.), e confia-o aos sacerdotes.

3ª feira, 11-III: Olhar para a Cruz.

Num 21, 4-9 / Jo 8, 21-30

Faz uma serpente de fogo e prende-a num poste. Todo aquele que, depois de mordido, olhar para ela, terá a vida salva.

Quem olhasse para a serpente de fogo evitava uma morte certa (cf. Leit). Esta serpente é uma imagem da cruz de Cristo no Calvário.

Podemos olhar para a cruz de Cristo quando meditamos nos mistérios dolorosos do Santo Rosário, quando fazemos a Via Sacra, quando lemos as passagens da Paixão no Evangelho e quando participamos na celebração eucarística: «Pela sua santíssima paixão no madeiro da cruz, Ele mereceu-nos a justificação… sublinhando o carácter de sacrifício de Cristo como fonte de salvação eterna» (CIC, 617).

4ª feira, 12-III: A Verdade que nos libertará.

Dan 3, 14-20. 91-92. 95 / Jo 8, 31-42

Bendito o Deus de Sidrach… Mandou o seu Anjo, para livrar os seus servidores, que tiveram confiança n’Ele.

Os três jovens, embora sendo escravos do rei da Babilónia, foram salvos e libertados pela confiança em Deus (cf. Leit).

Jesus recorda-nos que seremos libertados pela Verdade (cf. Ev). «Pela sua cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação de todos os homens. Resgatou-os do pecado, que os retinha numa situação de escravatura. Foi para a liberdade que nos libertou. N’Ele, nós comungamos a verdade que nos liberta (cf. Ev)» (CIC, 1741). Procuremos chegar ao conhecimento da Verdade, contida nos ensinamentos de Jesus (cf. Ev).

5ª feira, 13-III: Fidelidade à Aliança.

Gen 17, 3-9 / Jo 8,51-59

Vou estabelecer a minha Aliança contigo e, depois de ti, com a tua descendência de geração em geração.

Deus chamou Abraão para estabelecer com ele um Aliança (cf. Leit). Confiou em Deus e venceu todas as provações, tornando-se um exemplo de fidelidade. Se confiarmos na palavra de Deus seremos igualmente salvos: «se alguém guardar a minha palavra nunca mais verá a morte» (Ev).

A Aliança estabelecida com Abraão foi renovada, de uma vez para sempre, por Cristo na Cruz: «a nova Aliança no meu sangue que será derramada por vós». Sejamos fiéis aos nossos compromissos, assumidos no Baptismo.

6ª feira, 14-III: A vitória de Cristo sobre o demónio.

Jer 20, 10-13 / Jo 10, 31-42

Mas o Senhor está comigo como herói poderoso e os meus perseguidores cairão vencidos.

Este herói poderoso (cf. Leit) representa Cristo, que veio à terra para vencer o demónio. Mas este continua a dispor de algum poder sobre o mundo. Por isso, a nossa vida é um combate contínuo, que se vence graças àoração: «Foi pela oração que Jesus venceu o Tentador, desde o princípio e no último combate da sua agonia» (CIC, 2849).

A Cruz é igualmente outro recurso para vencer o demónio: «O sinal da cruz… manifesta a marca de Cristo impressa naquele que vai passar a pertencer-lhe, e significa a graça da redenção que Cristo nos adquiriu pela Cruz» (CIC, 1235).

Sábado, 15-III: Meios para conseguir a unidade.

Ez 37, 21-28 / Jo 11, 45-56

Vou reuni-los de toda a parte… Farei deles um só povo.

Segundo esta profecia, Deus promete reunir os filhos de Israel, dispersos por toda a parte (cf. Leit). E Caifás diz que a unidade dos filhos de Israel será fruto da morte de Cristo (cf. Ev). Mas é também um dom do Espírito Santo que, no dia de Pentecostes, reuniu uma enorme multidão de pessoas, de diferentes línguas.

A unidade dos cristãos é indispensável para que a Igreja seja um sinal visível cada vez mais luminoso de esperança e conforto para toda a humanidade (Paulo VI). A oração do Pai-nosso é feita com e por todos os homens para que se unam à volta do Pai comum (cf. CIC, 2793).

Celebração e Homilia:  AURÉLIO ARAÚJO RIBEIRO

Nota Exegética:       GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:      NUNO ROMÃO

Fonte: Celebração  Litúrgica

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