Homilia Segunda-feira da XIX Semana do Tempo Comum | Ano A

Segunda-feira da 19ª semana do Tempo Comum, 14/08/2023 – Mt 17,22-27

São Maximiliano Maria Kolbe, memória

  • O céu existe, por isso é preciso morrer

Este já é o segundo anúncio da Paixão, isto é, dos sofrimentos pelos quais o próprio Jesus deveria passar: “O Filho do Homem será entregue às mãos dos homens e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará” (Mt 17,22-23). Já pensou se você soubesse que você veio a este mundo para morrer? De fato, algum filósofo já disse que o ser humano é um ser para a morte (Heidegger). Nesta afirmação, o filósofo da existência tem razão. Jesus sabia que ele foi feito para morrer e ressuscitar. Exatamente, para nós, que seguimos os passos de Jesus, não fica tão somente o desespero da morte, mas a esperança da ressurreição.

Mais ainda, precisamente por causa da esperança da ressurreição, a morte não se nos apresenta de maneira desesperada. São Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941), quem celebramos hoje, foi um frei franciscano capaz de entregar sua própria vida por um irmão, no campo de extermínio de Auschwitz, movido pela fé e pela caridade. Os cristãos, portanto, não somente não se desesperam diante da morte, mas, como Jesus, abraçam-na como se fosse a “irmã Morte”. Não estou a afirmar que a morte é bela, estou a dizer que ela pode esconder um mistério de ressurreição em si mesma, que também ela está perpassada da transcendência do mistério da encarnação. Medite nesta realidade: você vai morrer. Não se desespere. Olhe para Jesus, para a sua morte e ressurreição, e aprenda a meditar sobre a vida e sobre a morte. Há ceu! Por isso, quando o Senhor quiser, será preciso morrer.

Pe. Françoá Costa

Instagram: @padrefcosta

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