Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum, 24/07/2023 – Mt 12,38-42
- O sinal de Jonas
Basta o sinal do profeta Jonas para esta geração má e adúltera, isto é, nada de milagres e curas, nada de milagres e manifestações milagrosas (Mt 12,38-39), pelo menos não de maneira ordinária. O que é o “sinal de Jonas”? É o sinal da Cruz, pois o novo Jonas fica “três dias e três noites no seio da terra” (Mt 12,40), ou seja, o intervalo necessário entre a morte e a ressurreição. Neste espaço de tempo, o que brilhava era uma cruz vazia no coração do Calvário, mas o que não aparecia, isto é, a ação invisível que era realizada no coração da região dos mortos e no coração do mundo em geral, era a salvação da humanidade.
Esta geração nossa, má e adúltera, como aquela dos tempos de Jesus, precisa que se lhe mostre novamente o sinal da Cruz e que se realize, no coração do mundo, a redenção. A Igreja não cumpriria sua missão se não pregasse a cruz do Salvador. De fato, os melhores discípulos do Salvador Jesus Cristo, como São Paulo, descobriram isto: “nós anunciamos Jesus crucificado, que para os judeus, é escândalo, para os gentios é loucura, mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, é Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1 Cor 23-24). A Igreja não pode anunciar outro Evangelho, pois se equivocaria e levaria as almas à perdição. Absolutamente, a Igreja nem consegue, por uma impossibilidade metafísica, pregar uma tal coisa, por causa da sua indefectibilidade, ou seja, dito de maneira positiva: a Igreja chegará à Parusia em total fidelidade à Cruz do Salvador, à Palavra do Semeador Jesus. Quando qualquer cristão anuncia algo diferente da Cruz do Salvador deve ser excomungado porque, na verdade, ele mesmo já se auto excluiu da comunhão com a Verdade (Gl 1,8).
Este mundo precisa do sinal de Jonas, da Cruz do Redentor, e não dessas adaptações ao mundo que muitos, inclusive pessoas da Igreja, estão procurando realizar, com a desculpa de que é preciso modernizar se não queremos perder as pessoas. Não é verdade, também porque as ‘igrejas’ protestantes que já modernizaram, que já se adaptaram mais ainda ao mundo, já perderam as pessoas, isto é, não encontraram a solução neste processo anti-cruz. Nós, os católicos, não podemos perder de vista a Cruz do Salvador.
Pe. Françoá Costa
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