Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum, 27/07/2023 – Mt 13,10-17
- Estórias são parábolas
“Por que lhes falas em parábolas?” (Mt 13,10), foi a pergunta dos discípulos a Jesus. O que é uma parábola? É aquilo que chamávamos antes de “estória”, ou seja, uma historinha inventada da qual se podem deduzir diversas verdades importantes. Jesus contava muitas estórias. Era uma maneira pedagógica de explicar-se aos seus ouvintes. As parábolas de Jesus não são difíceis. No entanto, quando se lê que era concedido aos Apóstolos conhecer os mistérios do Reino, mas aos demais não ou quando se observa que Jesus se dirigia ao povo com parábolas, dá a impressão que ele não quer que as multidões entendam a sua mensagem. Até parece que a doutrina de Jesus é para um grupinho selecionado e formado por alguns privilegiados. E não é assim.
Ora, concedamos que, diante da dureza de coração do povo, Jesus, pedagogicamente, cite o profeta Isaias e se lamente de que ainda que fale em parábolas o povo parece encontrar-se tão torpe para as coisas do Espírito que não entende as realidades do Reino. E, no entanto, as parábolas eram altamente instrutivas, fáceis de captar e muito oportunas no contexto: “Tudo isso disse Jesus à multidão em forma de parábola. De outro modo não lhe falava, para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação do mundo” (Mt 13, 34-35). Portanto, as parábolas são reveladoras de realidades arcanas, escondidas. Jesus as utiliza porque sabe que são muito importantes para levar o povo, paulatinamente, a adentrar nas realidades do Reino de Deus. Você e eu nos preocupamos em falar de maneira mais simples, mais inteligível, para que a Palavra chegue mais facilmente aos corações dos nossos amigos e de tantas outras pessoas que esperam a salvação?
Pe. Françoá Costa
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