Sábado da 16ª semana do Tempo Comum, 29/07/2023 – Lc 10,38-42
Santos Lázaro, Maria e Marta
- Marta e Maria
Este Evangelho (Lc 10,38-42) combina muito com o fato de que o Senhor nos chamou a ser santos no meio do mundo, através das coisas ordinárias do cotidiano, sendo contemplativos, como Maria, sem deixar as nossas atividades, como Marta. Para que isso fosse realidade, São Josemaria Escrivá (1902-1975) aconselhava a seguinte norma de conduta: “primeiro, oração; depois, expiação; em terceiro lugar, muito em “terceiro lugar”, ação” (Caminho, nº. 82). Esse santo dizia que temos que ser contemplativos no meio do mundo.
E isso é aplicável à vida de qualquer cristão. Enquanto as monjas de clausura dedicam-se à contemplação nos mosteiros, nós, fiéis de Cristo que continuam realizando tarefas habituais, nos dedicamos à contemplação, com a mesma intensidade que elas, só que no meio do mundo: no trabalho, na família, entre amigos, em meio ao barulho das cidades e das fábricas, ao pegar um metrô, ao divertir-nos. Como isso é possível? Com a graça de Deus e com uma luta contínua para estar sempre em sua presença divina. É preciso considerar frequentemente que Deus é o nosso Pai, sempre nos vê e nos ama e de que nós podemos conversar com ele em qualquer momento e em qualquer lugar. Deus está, não somente próximo a nós, mas dentro de nós.
Logicamente, Jesus quer que trabalhemos. Com certeza o trabalho de Marta agradava ao Senhor e, no entanto, ele a anima a dar novas dimensões ao trabalho: além de bem-feito, que seja elevado pela graça de Deus, transformado em oração e oferecido a Deus. Nós, que desejamos dar testemunho de Cristo nas situações mais normais da jornada, não podemos fazer as coisas de qualquer maneira. Um bom católico necessariamente se destaca por ser um bom trabalhador. É impossível que a sua vida de relação com Deus não redunde na sua vida de relação com os outros. Além do mais, procurará ser um profissional de categoria: o melhor advogado, a melhor dona de casa, o melhor médico, a melhor dançarina, o melhor estudante, o melhor agricultor. Que ninguém me venha a dizer que isso é orgulho! É só retificar a intenção: para a glória de Deus e para o bem dos irmãos. Guardemos isso no coração: a Deus se oferece da melhor maneira possível aquilo que sabemos fazer: com amor, com perfeição.
Pe. Françoá Costa
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