Sábado da 15ª semana do Tempo Comum, 22/07/2023 – Jo 20,1-2.11-18
- Catolicidade de Maria Madalena
Maria Madalena afirmou categoricamente, antes de ver o Senhor: “Retiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o colocaram” (Jo 20,2). Parece que nos nossos tempos, estamos a presenciar pessoas especialmente enfraquecidas na fé. O que dizer das pessoas tão defraudadas com a fé no espaço da Igreja nos nossos tempos? Talvez a sensação de muitos seja que lhes roubaram a própria Igreja, semelhante àquela sensação que Maria Madalena teve ao chegar ao túmulo vazio na manhã da ressurreição: ela viu o sepulcro vazio e, quiçá posteriormente, as faixas de linho por terra, mas pensa que roubaram o corpo de Jesus. Aos anjos, os quais ela não sabe que são anjos, ela diz chorando: “levaram meu Senhor e não sei onde o puseram” (Jo 20,13); ao próprio Jesus, que ela pensa que é o jardineiro, diz: “se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar” (Jo 20,15). Mas como no caso de Cristo, também a Igreja: ela vive!
Não é difícil exaltar o ser da Igreja: una, santa, católica, apostólica. Difícil mesmo é afirmar sua existência em meio ao pecado e continuar a dizer que ela é santa; complexo é ver as divisões internas da Igreja fundada por Cristo e continuar a dizer que ela é una e única, pois, na verdade, nos dá a impressão que rasgaram a túnica de Cristo; doloroso é ver a pouca coragem apostólica nos dias de hoje e conciliar tudo isso com a sua apostolicidade; politicamente incorreto ver tantas fundações cristãs e continuar a ter a coragem de fé de afirmar a Católica. Onde está a Igreja? Ela vive, ainda que muitos pensem que ela morreu e já é algo do passado. A Igreja se encontra em cada coração que mantém a unidade da fé e dos sacramentos, a busca da santidade, a comunhão com os sucessores dos apóstolos e com a catolicidade. Por catolicidade entendo a comunhão com a Fé de sempre e com a Moral verdadeiramente cristã, as quais permanecem inalteradas em meio a tanta confusão doutrinal e disciplinar dos nossos dias.
Pe. Françoá Costa
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