Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum, 22/06/2023 – Mt 6,7-15
- Sete Petições
(São Tomás More e São João Fisher)
Hoje Jesus nos ensina a rezar uma linda oração, o Pai-Nosso (Mt 6,9-13). São Cipriano, raciocinava da seguinte maneira: “Se o próprio Cristo não nos tivesse permitido orar dessa maneira, nenhum de nós ousaria pronunciar o nome de Pai. Por isso devemos saber e lembrar que, se dizemos que Deus é Pai, precisamos agir como filhos de Deus, para que, do mesmo modo que nos alegramos de Deus Pai, ele também se alegre de nós” (Cipriano de Cartago, Sobre a oração do Senhor, 11). Se nós descobrirmos as várias implicações dessas palavras, rezaremos melhor o Pai-Nosso vendo nela uma oração sintética da vida espiritual. De fato, o Catecismo – citando Tertuliano – fala que o Pai Nosso é o “resumo de todo o Evangelho” e que se encontra “no centro da Sagrada Escritura” (cf. Catecismo, 2761-2763).
Como sabem, há duas versões do Pai-Nosso no Evangelho: Mt 6,9-13 e Lc 11,2-4. O texto utilizado na celebração da Eucaristia e nas nossas orações cotidianas é a versão de Mateus, cujo contexto é o sermão da montanha (Mt 5-7). De fato, “vendo Jesus as multidões, subiu à montanha” (Mt 5,1) e, logo após terminar o capítulo 7, o oitavo começa com as seguintes palavras: “Ao descer da montanha, seguiam-no multidões numerosas” (Mt 8,1). A primeira coisa a observarmos é o fato de que o Pai-Nosso é ensinado sobre a montanha, no lugar de encontro com Deus. Efetivamente, Moisés e Elias, os dois grandes homens do Antigo Testamento, estiveram com Deus sobre a montanha: Moisés, no Sinai; Elias, no Horeb. A oração que o Senhor Jesus nos ensinou é uma oração das alturas.
Contra o palavreado inútil dos hipócritas, Jesus ensinou aos seus seguidores uma oração simples que se dirige ao Pai para pedir-lhe a santificação do seu Nome, o Reino, a vontade de Deus, o pão cotidiano, o perdão, o livramento da tentação e do mal; são as sete petições do Pai-Nosso.
Pe. Françoá Costa
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