Terça-feira, 10/01/2023 – Mc 1,21-28
- A pureza nos faz ter visão
Jesus ensinava com autoridade na sinagoga de Cafarnaum, e encontrava-se lá “um homem possuído por um espírito impuro” (Mc 1,23). Certamente, o sentido literal desta passagem refere-se ao fato de que havia um demônio que impedia aquele homem de viver a pureza religiosa e moral do judaísmo; por isso tratava-se de um demônio impuro. Para nós, os cristãos, não importa a pureza ritual do judaísmo, pois, como diz o Apóstolo: “ninguém vos julgue por questões de comida e de bebida, ou a respeito de festas anuais ou de lua nova ou de sábados, que são apenas sombra de coisas que haviam de vir, mas a realidade é o corpo de Cristo” (Cl 3,16-17). Contudo, os cristãos não estão possuídos por espíritos impuros.
Na verdade, não estão possuídos por espíritos impuros segundo a lei de Moisés, mas podem estar possuídos por espíritos de impureza contra a castidade. Creio que não exagero se eu afirmar que a grande maioria dos cristão se importa pouco com a questão, afundados como estão em seus próprios vícios. A castidade é a virtude que integra as nossas paixões na racionalidade da nossa própria humanidade. A santa pureza nos faz ver a Deus (Mt 5,8). É isso mesmo: os puros de coração são mais perspicazes aqui na terra e estão preparados para receber o prêmio eterno após a morte. Os impuros vivem tão obcecados em seus prazeres sexuais a tal ponto de não desejarem as coisas espirituais, muito menos o céu; podem até mesmo chegar ao ódio a Deus, que é o pior pecado, já que eles acabam por ver o próprio Deus como opositor às suas satisfações impuras. O que fazer para não mais cometer pecados impuros? Contar com a graça de Deus, rezar todos os dias a Deus e a Nossa Senhora, não ver porcarias na internet nem em outro lugar, guardar a santidade no namoro. No caso dos cônjuges, o marido deve procurar amar apaixonadamente a própria esposa dando a vida por ela, a esposa deve amar apaixonadamente o próprio esposo submetendo-se a ele.
Pe. Françoá Costa
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