Terça-feira, 22/11/2022 – Lc 21,5-11
- A santa dos músicos
Entendo que “não ficará pedra sobre pedra” das ornamentações e ofertas votivas do Templo de Jerusalém (Lc 21,5-6), mas não se pode dizer o mesmo da ornamentação que a música realiza em cada ação litúrgica da Igreja, máxime o santo sacrifício da Missa.
“Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor” – reza a antífona de entrada da Missa de Santa Cecília, que foi martirizada por volta do ano 230 e tem uma bonita Igreja dedicada a ela no bairro Trastevere de Roma. A conexão de Santa Cecília com a música é tardia, mas nada impede que ela, de fato, tocasse instrumentos e cantasse melodiosamente, uma vez que os belos cantos ao Senhor fazem parte da vida cristã e do culto da Igreja. Ela era nobre, rica e bela e, no entanto, ofereceu todas essas coisas da terra ao bom Deus. De fato, logo após casar-se com o patrício Valeriano, revelou a ele o seu voto de virgindade. Tocado pela graça de Deus, seu marido se converteu à fé católica. O irmão de Valeriano, Tibúrcio, também se converteu. Quando os dois iam ser martirizados, o oficial Máximo também se converteu. Finalmente, chegou a vez de Santa Cecília que, primeiramente, foi colocada em um quarto asfixiante, mas nada lhe aconteceu; depois, tentaram cortar a cabeça dela, mas não conseguiram. Ela morreu três dias depois daquelas horrendas tentativas, porém professando a fé em Deus uno e trino com os três dedos, uma vez que não podia mais confessá-la com a boca. Rezemos hoje por todos os músicos que se dedicam tão felizmente a deixar mais belamente ornados os louvores do Senhor.
Pe. Françoá Costa
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