Segunda-feira, 15/08/2022 – Mt 19,16-22
Nós somos ricos
Trata-se de um bom rapaz, bem educado e com um futuro promissor, desses que, de vez em quando, a gente encontra nas nossas paróquias, nas escolas e nos mais diversos ambientes profissionais. Jesus propõe a todos o caminho da salvação, mas, no caso de alguns, especialmente porque os têm capacitado desde longa data, inclusive sem eles perceberem, os quer bem perto de si, quiçá para o ministério pastoral: que sejam bons pastores para o povo santo! Muitos desses rapazes têm boa vontade: “Mestre, o que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mt 19,16). Jesus mostra que a vida eterna está muito relacionada com a própria vocação. Seguir o chamado de Jesus é caminho de felicidade, inclusive de felicidade eterna. Não deixe a voz de Deus cair no vácuo, meu querido jovem, atenda o Senhor!
Porém, quantos apegos! No caso do jovem rico, o problema era o dinheiro: ele era muito rico e não queria desapegar-se da vida regalada que tinha. Outros jovens estão apegados a outras coisas. Quantas vezes já escutamos, quando entra no seminário um jovem de porte bem apresentado e inteligente, algumas pessoas, especialmente mulheres, dizerem: “que desperdício!” Como se para Deus, só devessem ficar os rapazes muito feios e os muito burros. Essa consideração tão pouco nobre responde a outras coisas que fazemos no nosso cotidiano: dar o dízimo somente se sobrar, entrar em uma pastoral somente se tiver tempo sobrando, ajudar na construção da sua paróquia somente se houver pagamento. Enfim, somos bastante ricos por mais que tenhamos discurso de pobres!
Pe. Françoá Costa
Instagram: @padrefcosta
