Quinta-feira, 11/08/2022 – Mt 18,21-19,3
Perdoar sempre, mesmo lembrando
Sete vezes é um número perfeito. De acordo! Porém Jesus acrescentou mais setes à perfeição: “setenta e sete” (Mt 18,21), isto é, o Senhor coloca diante de nós um número perfeitíssimo para significar o perdão incondicional. E, contudo, tem gente que confunde perdoar com esquecer. E não é verdade. Vejamos: perdoar é abrir o coração para quem nos ofendeu, esquecer é deletar da memória. A primeira operação é coisa divina e possível; a segunda é humana e impossível. Você não pode esquecer a não ser pelo mesmo meio que se esquece de outras coisas: o passo pela marcha do tempo.
Como é bom perdoar! Faz tanto bem dar o perdão. As pessoas que você não perdoa, não estão grandemente preocupadas, pois, normalmente, elas são felizes e vão pela vida sem pensar nem em você nem no seu perdão. Mas, ao contrário, já reparou como a falta de perdão faz mal a você. Há pessoas que ficam verdadeiramente magoadas, profundamente chateadas, irremediavelmente depressivas… Algo terrível se abate sobre uma alma quando decide fechar-se definitivamente ao próximo, até parece o inferno que jamais se abre à graça de Deus nem à sua glória. Isso mesmo, a falta de perdão é um inferno antecipado de alguma maneira, já nesta vida. Perdoe sempre, ainda que você se lembre nos próximos meses. E cada vez que você se lembrar, volte a rezar, portanto a perdoar.
Pe. Françoá Costa
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