Terça-feira, 09/08/2022 – Mt 18,1-14
O valor da simplicidade
Tornar-se crianças significa, no nosso caso, uma luta constante para sermos mais simples ou, dito de outra maneira, menos complicados. Isso é muito importante para a nossa eterna salvação: “Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus” (Mt 18,3). Ser simples é não ficar com demasiadas considerações para levantar na hora certa, mas apenas levantar-se porque é o horário. Ser simples é manifestar claramente o que se pensa, sem medo do que dirão, além do mais com um sorriso nos lábios. Ser simples é fazer oração sem ficar procurando o melhor momento para realizá-la, já que um tal momento não aparecerá ou dificilmente tornar-se-á realidade. Ser simples é servir os outros sem ficar pensando se disso resultará um cansaço próprio ou não. Ser simples é gastar com objetividade, isto é, se for necessário e se a pessoa tiver o dinheiro. Ser simples é viver de fé, de esperança, de caridade. Ser simples é não falar mal dos outros porque nós mesmos temos defeitos, inclusive o de falar mal dos outros. Ser simples, é não falar pelas costas sobre as pessoas, mas ser nobres e leais fazendo com que elas vejam que nós as amamos ao corrigi-las. Simplicidade é o rosto amável da verdade, a descomplicação do ser, o ambiente do qual Deus gosta, o espaço que conquista os seres humanos.
Santa Edith Stein (1891-1942) era uma alma simples, inclusive quando era já era uma eminente filósofa. Ela viu, com simplicidade, o caminho da verdade católica e, em apenas uma noite, tomou todas as decisões mais importantes de sua vida, pois tornou-se cristã católica e carmelita de Santa Teresa. Posteriormente, Deus lhe daria como presente, por tamanha generosidade, o dom do martírio.
Pe. Françoá Costa
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