Homilia do Pe. Françoá Costa – Solenidade de São Pedro e São Paulo

Dia do Papa

 

Celebramos São Pedro e São Paulo, duas colunas da Igreja, dois homens de Deus. São Pedro nasceu em Betsaida, cidade da Galileia. Conheceu Jesus através de seu irmão André. O Senhor “fixando nele o olhar” (Jo 1,42), o chamou para segui-lo. Jesus Cristo conquistou São Pedro através do seu olhar cheio de carinho. Aquele olhar do Mestre devia ser arrebatador, convincente, e encerrava a radicalidade de entrega a Deus de maneira bem atraente. Simão é chamado Cefas, pedra, Pedro. De simples pescador converte-se num pescador de homens. Foi o vigário de Cristo na terra, aquele que fez as vezes de Cristo aqui na terra quando ele, o Senhor, já não estava entre os seus em corpo mortal.

Jesus quis instituir a sua Igreja tendo Pedro à frente dela, e isso para sempre. Daí que o ministério petrino foi perpetuado: Pedro, Lino, Cleto, Clemente, Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Pio, Aniceto, Sotero, Eleutério, Vítor, …. Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI: 266 papas, 265 sucessores de São Pedro. Uma realidade maravilhosa! Professemos entusiasmados a nossa fé nesta Igreja, que é “Una, Santa, Católica e Apostólica, edificada por Jesus Cristo, sociedade visível instituída com órgãos hierárquicos e comunidade espiritual simultaneamente (…); fundada sobre os Apóstolos e transmitindo de geração em geração a sua palavra sempre viva e os seus poderes de Pastores no Sucessor de Pedro e nos Bispos em comunhão com ele; perpetuamente assistida pelo Espírito Santo” (Paulo VI, Credo do Povo de Deus).

As palavras de São Jerônimo (+420) são taxativas: “Não sigo nenhum primado a não ser o de Cristo; por isso ponho-me em comunhão com a Sua Santidade, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja. Quem se alimenta do Cordeiro fora dessa casa é um ímpio. Quem não está na arca de Noé, perecerá no dia do dilúvio” (Carta ao Papa Damaso, 2). Observe-se: a Igreja é qual outra arca de Noé, Pedro está à sua frente, atualmente é Bento XVI quem governa a essa grande barca. Perigoso é ficar fora dessa barca em tempos de dilúvios!

Mas, existem dilúvios nos tempos atuais? Deixarei a resposta para os que me lerem, contudo preocupa tanto o fato de que o homem fique eclipsado diante de si mesmo; até parece que se afoga nas próprias concepções em torno à vida, à pessoa humana, à sexualidade e tantos outros temas. Onde está o seu norte? Para onde se encaminha? Escutar a voz do Pedro dos nossos tempos e não deixar-se sufocar pelas novidades que obscurecem a nossa fé em Deus e esfriam o nosso amor a Deus é algo muito sábio. Não! Nem todas as novidades colocam em perigo a nossa fé e o nosso amor. Frequentemente, o mais perigoso é a atitude diante delas. Não podemos ser orgulhosos, aprendamos da nossa Mãe, a Igreja, aprendamos de quem Jesus colocou à frente dessa grande família de filhos de Deus, o Papa, e tenhamos atitudes de acordo com o Evangelho.

Que dizer de São Paulo? São Paulo foi um homem que na pregação do Evangelho colocou todas as suas potencialidades a serviço. Um homem totalmente entregue às coisas de Deus. De perseguidor de cristãos tornou-se um dos cristãos mais fervorosos, homem inflamado de zelo apostólico. Como não identificar por detrás dessas frases um homem magnânimo e cheio do amor de Deus?

 

  • “Estou pregado à cruz de Cristo” (Gl 2,19).

  • “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20).

  • “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6,14).

  • Nos exorta: “não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas idéias frívolas. Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos  afastados da vida de Deus. Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza” (Ef 17-19).

  • “Contanto que de todas as maneiras, por pretexto ou por verdade, Cristo seja anunciado, nisto não só me alegro, mas sempre me alegrarei” (Fl 1,18).

  • Em Cristo “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2,3).

  • “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” (2 Tim 4,7).

 

É preciso que também nós sejamos apóstolos enamorados, apaixonados por Deus e que façamos o nosso apostolado sempre em unidade com o Papa, sucessor de Pedro, e com todos os bispos em comunhão com ele. Digamos com um homem de Deus do século XX, São Josemaría Escrivá: “Venero com todas as minhas forças a Roma de Pedro e de Paulo, banhada pelo sangue dos mártires, centro donde saíram tantos para propagar no mundo inteiro a palavra salvadora de Cristo. Ser romano não entranha nenhuma amostra de particularismo, mas de ecumenismo autêntico; supõe o desejo de aumentar o coração, de abri-lo a todos com as ânsias redentoras de Cristo, que busca e acolhe a todos, porque amou a todos por primeiro. (…) O amor ao Romano Pontífice há de ser em nós uma bela paixão, porque nele vemos a Cristo”.

São Paulo, identificado com Jesus Cristo

“Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento da minha partida” (2 Tm 4,6). Quem escreve esse texto de despedida é o grande São Paulo. Escreve-o ao seu querido filho espiritual, Timóteo, seu discípulo predileto. De fato, Paulo fala justamente desse seu carinho paternal por Timóteo ao escrever à comunidade dos filipenses: “não há ninguém como ele, tão unido comigo em sentimento, que com tão sincera afeição se interesse por vós. (…) conheceis a sua inabalável fidelidade: tal como um filho ao pai, ele se dedica, comigo, ao serviço do Evangelho” (Fil 2,20-22).

Por sua vez, Timóteo, filho de mãe judia e pai grego, ainda jovem foi encontrado por Paulo, talvez com seus 16 anos, em uma cidade chamada Listra e foi companheiro de São Paulo na sua segunda viagem apostólica (cf. At 16s). Tratava-se de um jovem com um grande coração, educado no seio duma família cristã graças à sua avó Lóide e à sua mãe Eunice. A avó cristã transmitiu a fé à filha Eunice e ambas educariam o pequeno Timóteo no amor a Jesus Cristo (cfr. 2 Tim 1,3-5). Timóteo tinha uma fé sincera e tinha uma grande devoção por Paulo. Nós também, juntamente com São Timóteo e tantos outros beneficiados pela palavra cheia de conteúdo de São Paulo, especialmente nas suas 14 cartas que foram deixadas a nós pelo Espírito Santo no Novo Testamento, queremos dar glória a Deus pela fé inabalável e pela caridade ardente desse grande santo que foi Paulo Apóstolo. Sendo assim, nesse ano falaremos sobre São Paulo, já que todos os anos falamos bastante sobre São Pedro e o amor ao Papa.

Quem foi esse homem que quase ao final da sua vida, pôde dizer: “combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2 Tm 4,7)?

 

Muito humano, porém purificado e elevado

 

Saulo nasceu em Tarso da Cilícia, perto da Turquia, de uma piedosa família judia, provavelmente no ano 3 d. C: Saulo é o seu nome hebreu; Paulo é o seu nome grego. Não parece ter fundamento que o seu nome tenha se convertido de Saulo para Paulo por ocasião de sua conversão. Sua cidade, Tarso, era uma importante cidade comercial naquele tempo, na qual viviam alguns judeus. Nesta cidade se falava grego e a cultura greco-romana estava presente por todas as partes, isso explica a desenvoltura de futuro São Paulo na língua grega, na citação de poetas e filósofos gregos e seu estilo superior aos demais apóstolos. Esse jovem que seria chamado a evangelizar os pagãos crescera numa cidade profundamente pagã e adoradora de deuses inúteis. Com certeza, a Providência Divina o preparava para o futuro apostólico através do que ele via e sabia existir em sua própria cidade.

Uma das coisas mais belas que aprendemos da vida de São Paulo é essa sua personalidade aberta, ampla e audaciosa. Deus estava preparando uma pessoa com uma humanidade fortemente marcada pelo entusiasmo e pela amplidão de horizontes. Paulo era amigo da liberdade responsável. Nós também, os cristãos de todos os tempos, temos que aprender a ser o nosso “verdadeiro humano”, pois os discípulos de Cristo não perdem a própria humanidade em nome de uma espiritualidade cristã pouco encarnada e assaz dissolvida na abstração da fraqueza de caráter. Portanto, toda a bondade do nosso caráter que conjugue amor à liberdade e sentido de responsabilidade, sempre será um excelente instrumento de evangelização a ser posto aos pés de Jesus Cristo.

Mesmo com sua mentalidade aberta, Saulo amava a sua raça e seu judaísmo era o mais severo: fariseu, ou seja, ele fazia parte de um partido dentro do judaísmo muito observante dos preceitos da religião. Parece que seus pais se mudaram para Jerusalém por causa de alguma rebelião. Saulo aprendeu o ofício de tecelão de lonas para tendas, mas esse trabalho manual não foi impedimento para que ele estudasse junto aos doutores da lei, já que, na verdade, era um costume entre os rabinos conciliar o trabalho manual com os estudos para não ficarem num intelectualismo puro. Esse trabalho de tecelão também lhe serviria para pagar os estudos, por sinal aos pés de um mestre famosíssimo, como era Gamaliel.

Paulo progrediu muito no judaísmo, no zelo, na defesa da Lei. Pelo que se vê nas páginas da Sagrada Escritura, deveria ser um jovem de caráter decidido, orgulhoso, presunçoso; era cheio de zelo e com traços de certo fanatismo. Esses seus traços característicos o ajudaram a odiar os “nazareus” como opositores à fidelidade na Lei dos antigos. Essa sua personalidade só seria finalmente iluminada no dia em que ele viu aquela “luz vinda do céu” (At 9,3) que mudou todo rumo de sua existência. Envolvido naquela claridade, Saulo viu Jesus Cristo que lhe perguntava por que ele o perseguia.

Deixemo-nos iluminar pela luz de Cristo e tudo o que em nós for bom será elevado; tudo o que não for bom, nos será mostrado e arrancaremos da nossa vida. É importante entender isso: a luz de Cristo se projeta na nossa vida para que mudemos e sejamos elevados, não para permanecermos na mesmice da nossa horizontalidade existencial. O cristianismo exige de nós conversão, e sem essa atitude essencial não há autêntica união com Deus. Como afirma o Cardeal Robert Sarah: “ainda hoje, as nossas estratégias pastorais sem exigências, sem apelo à conversão, sem um regresso radical a deus, são caminhos que conduzem a nada” (Robert SARAH, A força do silêncio contra a ditadura do barulho, Cascais: Lucerna, 2017, pg. 43).

 

Viver para Cristo e para o apostolado

 

Será que Saulo já conhecia Jesus quando o Nazareno ainda vivia com os seus discípulos? Não se pode descartar essa possibilidade e, no entanto, essa maneira de conhecer Jesus Cristo, envolvido nessa luz divina, é totalmente nova. Não, Paulo não é o fundador do Cristianismo, Paulo não é o reformador do Cristianismo, ele é apenas servo de Jesus Cristo e que, envolvido por sua luz, está totalmente ao seu serviço. Talvez, para sublinhar sua missão cada vez mais voltada para os pagãos, para os gregos, os Atos dos Apóstolos, a partir do capítulo 13, o chame pelo seu nome grego: Paulo.

Provavelmente, Paulo terá se convertido ao grupo dos discípulos de Jesus no ano 33 d. C. Atento ao fato de que devia aprender Jesus Cristo, vai para o deserto da Arábia e, em silêncio durante três anos, se entrega a oração e à contemplação: foi um tempo de purificação, iluminações divinas e muita união com Deus. Assim como os demais Apóstolos de Cristo conviveram com o Mestre por três anos, assim também São Paulo estará, silenciosamente, com o Cristo Ressuscitado, no deserto da Arábia por três anos.

Que pena quando as pessoas querem falar de alguém, como Jesus Cristo, sem conhece-lo! É preciso silenciar, rezar, conversar com Jesus, ler o Evangelho e meditá-lo, aprender o verdadeiro rosto de Jesus na grande Tradição da Igreja bimilenar. Se assim não for, em lugar de anunciarmos Jesus Cristo, falaremos de sua caricatura. Neste sentido, e já que Paulo era um sacerdote de Jesus Cristo, compreende-se aquilo que denunciava o Cardeal Sarah no livro anteriormente citado: os padres que não silenciam e não escutam a Deus, “para se darem a conhecer ou para imporem o seu ponto de vista pastoral, tanto no plano teológico como no plano pastoral, eles falam uma e outra vez, repetindo as mesmas banalidades. Não consigo acreditar que sejam habitados por Deus. Quem pode sentir um jorro puro da sua interioridade, como origem na profundidade divina? Mas eles falam e os meios de comunicação social gostam de os ouvir e de repetir os seus disparates, sobretudo quando eles se declaram favoráveis às novas ideologias pós-humanistas nos domínios da sexualidade, da família e do casamento. (…). E, com grande reforço da parte dos ruídos mediáticos, chegam a contestar o pensamento de Deus” (SARAH, pg. 40-41).

Após esse período de retiro, retorna a Damasco, onde prega corajosamente o nome do Senhor Jesus, mas agora aquele que fora perseguidor se torna um perseguido e… tem que fugir para Jerusalém! Que maravilha: retornar a Jerusalém, sua pátria espiritual! Contudo, quando ele chega lá, os discípulos de Jesus não o querem receber, pois não sabem de sua conversão. Sendo assim, Paulo “tentava associar-se aos discípulos; mas todos tinham medo dele, não acreditando que fosse, de fato, discípulo” (At 9,26). Barnabé, um dos discípulos mais alegres e simpáticos que conhecemos no Novo Testamento, acreditou em Paulo e o introduziu na comunidade dos irmãos de Jerusalém. Nesse período, Paulo pôde conhecer Pedro e Tiago Menor (filho de Alfeu); provavelmente nesse período, Tiago Maior (filho de Zebedeu e de Maria Salomé, irmão de João Evangelista) já teria sido decapitado por ordem de Herodes Agripa I.

Depois dessa ida a Jerusalém, Paulo voltou à sua cidade natal, Tarso, e, depois de alguns anos, Barnabé, o amigo fiel, o buscará em Tarso para ajudar a Igreja em Antioquia da Síria. Essa cidade, tal como a sua Tarso, era uma imponente cidade romana, porém mais importante, já que depois de Roma e de Alexandria, Antioquia ocupava o terceiro lugar no Império. Como Tarso, Antioquia era uma cidade bem paganizada, tendo Afrodite e Hefesto como deuses principais. Foi nesta cidade que Paulo e Barnabé se entregaram a um trabalho evangelizador impressionante, também foi em Antioquia que os discípulos de Jesus foram chamados pela primeira vez de “cristãos” (At 11,26). Esta famosa cidade será como que o alojamento de São Paulo depois de cada andança apostólica para fundar e visitar as comunidades cristãs.

Essas viagens de São Paulo foram três: uma do ano 45 ao ano 48; outra, de 49 a 52; a terceira, de 53 a 58. Entre a primeira e a segunda viagem teve lugar uma importante reunião (concílio) em Jerusalém na qual ficou claro que nós somos salvos pela graça de Deus (cf. At 15) e não pelas nossas obras, ainda que as boas obras agradem a Deus, são instrumentos de evangelização e podem ser meritórias para a eternidade.

O homem que escreveu o primeiro escrito do Novo Testamento também foi São Paulo: entre os anos 51 e 52, logo após a segunda viagem de evangelização, escreve duas cartas aos Tessalonicenses. Após a terceira viagem missionária de Paulo, ele fez a última viagem a Jerusalém no ano 58. No ano 61, encontramo-lo em Roma (cf. At 28).

 

Peregrino de Cristo rumo à eternidade

 

Provavelmente, o Apóstolo no ano 65 terá viajado à Espanha e regressado a Roma no ano 66 e, no ano seguinte, 67, teria sofrido o martírio. Assim o relata Joseph Holzner, quiçá o melhor biógrafo moderno de São Paulo: “certa manhã, o velho Apóstolo foi levado por um grupo de litores ao longo da Via Ostiense, passando pela Porta Trigemina e depois pela pirâmide de Céstio. No ponto onde hoje se ergue a Basílica de São Paulo Extramuros, deixaram a estrada à esquerda, avançando pelas pastagens. Uma lenda romana (…) conta que nesse momento se aproximou do Apóstolo uma cega, chamada Petronila, que lhe ofereceu o seu véu para vendar-lhe os olhos. Com um derradeiro olhar, Paulo contemplou o vale do Tibre, à sua direita, e à esquerda a Via Appia, que percorrera seis anos antes para entrar em Roma. (…) Delicadamente, a lenda põe na boca de Paulo uma derradeira oração em voz alta, na mesma língua com que o Ressuscitado chamara o perseguidor de Damasco. Foi aqui que a sua cabeça tombou e a sua boca se fechou para sempre, essa boca que só tinha pronunciado palavras ungidas por Cristo” (Ioseph HOLZNER, Paulo de Tarso, São Paulo: Quadrante, 2ª ed., 2008, pg. 563-565).

Ler novamente esse texto do grande Apóstolos dos gentios nos enche de esperança: “Mas o Senhor esteve ao meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão” (2 Tm 4,17). Também, nós chamados ao apostolado nesse tempo que nos coube viver, precisamos da força de Deus e da alegria que vem dele. Que Deus nos conceda ter algo da fé de Paulo, da esperança de Paulo, da caridade de Paulo, do zelo de Paulo… então, veremos a Deus!

Paulo suspirava por Deus, amava apaixonadamente o Senhor, queria com ternura a todos os discípulos de Cristo, e isso a tal ponto de expressar-se dessa maneira: “sinto-me num dilema: meu desejo é partir e ir estar com Cristo, pois isso me é muito melhor, mas o permanecer na carne é mais necessário por vossa causa” (Fl 1,23-24). Finalmente, aos seus 64 anos, partiu para estar eternamente com o Senhor e desde o céu continua a rezar por todo o apostolado do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Deus é louvável através da santidade e do apostolado de São Pedro e São Paulo; nós também, sejamos motivo para que Deus seja louvado. Sejamos nós mesmos louvor de Deus!

Pe. Françoá Costa

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