Homilia do Mons. José Maria – XXIX Domingo do Tempo Comum – Ano B

Fraquezas, Conversão, Missão. 

Mons. José Maria Pereira

A Palavra de Deus deste Domingo (Mc 10,35-45) volta ao mistério da salvação que passa pela Cruz. Um contraste! Enquanto Jesus anunciava, pela terceira vez, a sua paixão, os filhos de Zebedeu pedem: “Concede-nos que, na Tua glória, nos sentemos, um à Tua direita e outro à Tua esquerda”. O homem procura sempre fugir ao sofrimento e garantir, por outro lado, as honras; Jesus, porém, desengana-o: quem quiser tomar parte na Sua glória, terá que beber com Ele o cálice amargo do sofrimento: “podeis beber o cálice que Eu vou beber?”

“Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. Quantas vezes, com palavras parecidas, assim nos dirigimos a Deus. Hoje Jesus pergunta a cada um de nós: “O que quereis que eu vos faça?” É bom meditarmos um pouco antes de responder.

É admirável a humildade dos Apóstolos que não dissimularam os seus momentos anteriores de fraqueza e de miséria, mas as cantaram com sinceridade aos primeiros cristãos. Deus quis também que no Evangelho ficasse notícia histórica daquelas primeiras fraquezas dos que seriam colunas da Igreja. São as maravilhas que a graça de Deus opera nas almas! Nunca devemos ser pessimistas ao considerar as nossas próprias misérias: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4, 13).

Quando pedimos algo na oração devemos estar dispostos a aceitar, acima de tudo, a vontade de Deus, ainda que não coincida com os nossos desejos: “Sua Majestade sabe melhor o que nos convém; não temos que aconselhá-Lo sobre o que nos há de dar, pois pode com razão dizer-nos que não sabemos o que pedimos” (Moradas, II, 8).

Há que pedir também como aqueles do Evangelho pediam: “Tende piedade de mim, que sou um pobre pecador”. Só um cego da alma não percebe que nem sempre faz o que é do agrado de Deus. Que muitas vezes escolhe a sua vontade em vez da vontade de Deus. Que ofende a Deus para agradar a si mesmo. “Senhor, que eu veja”. É muito útil repeti-la em momentos de dúvida, de vacilação, quando não entendemos, quando escurece o horizonte da entrega.

“Creio, Senhor, mas aumenta a minha fé”. Peçamos fé sólida que suporte os temporais das tribulações e tentações. Fé sólida para alegrar-se no Senhor com uma vida pura e honesta. Peçamos esperança para não desanimar diante dos próprios erros e dos erros dos outros, sabendo que Ele é o maior interessado em que sejamos santos. Peçamos o amor verdadeiro, o amor de Deus derramado em nós, para amá-Lo e ao próximo por causa dEle.

Como o discípulo diante do mestre, como o menino junto da sua mãe, assim deve estar o cristão em todas as suas ocupações diante de Cristo. O filho aprende a falar ouvindo a sua mãe, esforçando-se por copiar as suas palavras; da mesma forma, vendo Jesus fazer e agir, aprendemos a conduzir-nos como Ele. A vida cristã consiste na imitação da Vida do Mestre, pois Ele se encarnou “deixando-vos um exemplo, a fim de seguirdes os seus passos” (1 Pd 2,21). São Paulo exortava os primeiros cristãos a imitarem o Senhor com estas palavras: “Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (Fl 2,5). Somos chamados à comunhão com Cristo, à santidade!

A nossa santidade não consiste tanto numa imitação externa de Jesus, mas em permitir que o nosso ser mais profundo se vá configurando com Cristo. “Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir, e vos revestistes do homem novo…” (Cl 3,9), recomendava São Paulo aos Colossenses.

Esta renovação diária significa purificar constantemente os nossos costumes, corrigir-se dos defeitos humanos e morais, suprimir o que não combina com a vida de Cristo… Mas significa, sobretudo, procurar que os nossos sentimentos sobre as pessoas, sobre as realidades criadas, sobre a tribulação, se pareçam cada dia mais com os que teve Jesus em circunstâncias semelhantes, de tal maneira que a nossa vida seja, em certo sentido, um prolongamento da sua, pois Deus nos predestinou para sermos conformes com a imagem do seu Filho (Rm 8, 29).

“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mc 10, 45). Toda a sua vida foi um serviço contínuo e a sua doutrina é um apelo constante aos homens para que se esqueçam de si próprios e se deem aos outros.

Haverá ocasiões em que muitos não entenderão esta atitude de disponibilidade alegre; bastar-nos-á então saber que Cristo a entende e nos acolhe como verdadeiros discípulos seus. O “orgulho” do cristão será precisamente este: servir como Jesus serviu. Mas só aprenderemos a dar-nos, a estar disponíveis quando estivermos perto de Jesus.

Ensinava São Josemaria Escrivá: “Ao empreenderes cada jornada para trabalhar junto de Cristo e atender tantas almas que O procuram, convence-te de que não há senão um caminho: recorrer ao Senhor. Somente na oração, e com a oração, aprendemos a servir os outros!” (Forja, n. 72). 

O serviço deve ser alegre, como nos recomenda a Sagrada Escritura: Servi o Senhor com alegria (Sl 99,2), especialmente nos trabalhos da convivência diária que possam ser mais difíceis ou ingratos e que costumam ser com frequência os mais necessários. A vida compõe-se de uma série de serviços mútuos diários. Procuremos exceder-nos nessas tarefas, mostrando-nos sempre alegres e desejosos de ser úteis. Encontraremos muitas ocasiões de serviço no exercício da profissão, na vida familiar…, com parentes, amigos, conhecidos, e também com as pessoas que nunca mais voltaremos a ver. Quando somos generosos na nossa entrega aos outros, sem indagar se a merecem ou não, sem ficar muito preocupados se não nos agradecem…, compreendemos que “servir é reinar” (São João Paulo ll, Enc. Redemptor  hominis). 

Hoje a Igreja escuta mais uma vez estas palavras de Jesus, pronunciadas durante o caminho rumo a Jerusalém, onde devia cumprir-se o seu Mistério de Paixão, Morte e Ressurreição. São palavras que manifestam o sentido da missão de Cristo na Terra, marcada pela sua Imolação, pela sua Doação total.

Aprendamos de Nossa Senhora a ser úteis aos outros, a pensar nas suas dificuldades, a facilitar-lhes a vida aqui na terra e o seu caminho para o Céu. Ela nos dá o exemplo: “No meio do júbilo da festa, em Caná, apenas Maria repara na falta de vinho… Até aos menores detalhes de serviço chega a alma se, como Ela, vive apaixonadamente pendente do próximo, por Deus” (São Josemaria Escrivá, Sulco, n. 631).

Neste terceiro domingo de outubro, a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões, nesse ano, com o tema: “Jesus Cristo é missão”, cuja inspiração bíblica é “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20).

Para facilitar a reflexão sobre o tema, segue a Mensagem do Papa Francisco, em anexo.

Mons. José Maria Pereira


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2021

 

«Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20)

 

Queridos irmãos e irmãs!

Quando experimentamos a força do amor de Deus, quando reconhecemos a sua presença de Pai na nossa vida pessoal e comunitária, não podemos deixar de anunciar e partilhar o que vimos e ouvimos. A relação de Jesus com os seus discípulos, a sua humanidade que nos é revelada no mistério da Encarnação, no seu Evangelho e na sua Páscoa mostram-nos até que ponto Deus ama a nossa humanidade e assume as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos anseios e angústias (cf. Conc. Ecum. Vat II, Const. past. Gaudium et spes, 22). Tudo, em Cristo, nos lembra que o mundo em que vivemos e a sua necessidade de redenção não Lhe são estranhos e também nos chama a sentirmo-nos parte ativa desta missão: «Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai todos quantos encontrardes» (cf. Mt 22, 9). Ninguém é estranho, ninguém pode sentir-se estranho ou afastado deste amor de compaixão.

A experiência dos Apóstolos

A história da evangelização tem início com uma busca apaixonada do Senhor, que chama e quer estabelecer com cada pessoa, onde quer que esteja, um diálogo de amizade (cf. Jo 15, 12-17). Os Apóstolos são os primeiros que nos referem isso, lembrando inclusive a hora do dia em que O encontraram: «Eram as quatro da tarde» (Jo 1, 39). A amizade com o Senhor, vê-Lo curar os doentes, comer com os pecadores, alimentar os famintos, aproximar-Se dos excluídos, tocar os impuros, identificar-Se com os necessitados, fazer apelo às bem-aventuranças, ensinar de maneira nova e cheia de autoridade, deixa uma marca indelével, capaz de suscitar admiração e uma alegria expansiva e gratuita que não se pode conter. Como dizia o profeta Jeremias, esta experiência é o fogo ardente da sua presença ativa no nosso coração que nos impele à missão, mesmo que às vezes implique sacrifícios e incompreensões (cf. 20, 7-9). O amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41).

Com Jesus, vimos, ouvimos e constatamos que as coisas podem mudar. Ele inaugurou – já para os dias de hoje – os tempos futuros, recordando-nos uma caraterística essencial do nosso ser humano, tantas vezes esquecida: «fomos criados para a plenitude, que só se alcança no amor» (Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 68). Tempos novos, que suscitam uma fé capaz de estimular iniciativas e plasmar comunidades a partir de homens e mulheres que aprendem a ocupar-se da fragilidade própria e dos outros (cf. ibid., 67), promovendo a fraternidade e a amizade social. A comunidade eclesial mostra a sua beleza, sempre que se lembra, com gratidão, que o Senhor nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4, 19). Esta «predileção amorosa do Senhor surpreende-nos e gera maravilha; esta, por sua natureza, não pode ser possuída nem imposta por nós. (…) Só assim pode florir o milagre da gratuidade, do dom gratuito de si mesmo. O próprio ardor missionário nunca se pode obter em consequência dum raciocínio ou dum cálculo. Colocar-se “em estado de missão” é um reflexo da gratidão» (Francisco, Mensagem às Pontifícias Obras Missionárias, 21 de maio de 2020).

E, no entanto, os tempos não eram fáceis; os primeiros cristãos começaram a sua vida de fé num ambiente hostil e árduo. Histórias de marginalização e prisão entrelaçavam-se com resistências internas e externas, que pareciam contradizer e até negar o que tinham visto e ouvido; mas isso, em vez de ser uma dificuldade ou um obstáculo que poderia levá-los a retrair-se ou fechar-se em si mesmos, impeliu-os a transformar cada incómodo, contrariedade e dificuldade em oportunidade para a missão. Os próprios limites e impedimentos tornaram-se um lugar privilegiado para ungir, tudo e todos, com o Espírito do Senhor. Nada e ninguém podia permanecer alheio ao anúncio libertador.

Possuímos o testemunho vivo de tudo isto nos Atos dos Apóstolos, livro que os discípulos missionários sempre têm à mão. É o livro que mostra como o perfume do Evangelho se difundiu à passagem deles, suscitando aquela alegria que só o Espírito nos pode dar. O livro dos Atos dos Apóstolos ensina-nos a viver as provações unindo-nos a Cristo, para maturar a «convicção de que Deus pode atuar em qualquer circunstância, mesmo no meio de aparentes fracassos», e a certeza de que «a pessoa que se oferece e entrega a Deus por amor, seguramente será fecunda (cf. Jo 15, 5)» (Francisco, Exortação Ap. Evangelii gaudium, 279).

O mesmo se passa conosco: o momento histórico atual também não é fácil. A situação da pandemia evidenciou e aumentou o sofrimento, a solidão, a pobreza e as injustiças de que já tantos padeciam, e desmascarou as nossas falsas seguranças e as fragmentações e polarizações que nos dilaceram silenciosamente. Os mais frágeis e vulneráveis sentiram ainda mais a sua vulnerabilidade e fragilidade. Experimentamos o desânimo, a decepção, o cansaço; e até a amargura conformista, que tira a esperança, se apoderou do nosso olhar. Nós, porém, «não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor, e nos consideramos vossos servos por amor de Jesus» (2 Cor 4, 5). Por isso ouvimos ressoar nas nossas comunidades e famílias a Palavra de vida que ecoa nos nossos corações dizendo: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6); uma Palavra de esperança, que desfaz qualquer determinismo e, a quantos se deixam tocar por ela, dá a liberdade e a audácia necessárias para se levantar e procurar, criativamente, todas as formas possíveis de viver a compaixão, «sacramental» da proximidade de Deus para conosco que não abandona ninguém na beira da estrada. Neste tempo de pandemia, perante a tentação de mascarar e justificar a indiferença e a apatia em nome de um sadio distanciamento social, é urgente a missão da compaixão, capaz de fazer da distância necessária um lugar de encontro, cuidado e promoção. «O que vimos e ouvimos» (At 4, 20), a misericórdia com que fomos tratados, transforma-se no ponto de referimento e credibilidade que nos permite recuperar e partilhar a paixão por criar «uma comunidade de pertença e solidariedade, à qual saibamos destinar tempo, esforço e bens» (Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 36). É a sua Palavra que diariamente nos redime e salva das desculpas que levam a fechar-nos no mais vil dos ceticismos: «Tanto faz; nada mudará!» Pois, à pergunta «para que hei de privar-me das minhas seguranças, comodidades e prazeres, se não vou ver qualquer resultado importante», a resposta é sempre a mesma: «Jesus Cristo triunfou sobre o pecado e a morte e possui todo o poder. Jesus Cristo vive verdadeiramente» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 275) e, também a nós, nos quer vivos, fraternos e capazes de acolher e partilhar esta esperança. No contexto atual, há urgente necessidade de missionários de esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho.

Como os apóstolos e os primeiros cristãos, também nós exclamamos com todas as nossas forças: «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20). Tudo o que recebemos, tudo aquilo que o Senhor nos tem concedido, ofereceu-no-lo para o pormos a render doando-o gratuitamente aos outros. Como os apóstolos que viram, ouviram e tocaram a salvação de Jesus (cf. 1 Jo 1, 1-4), também nós, hoje, podemos tocar a carne sofredora e gloriosa de Cristo na história de cada dia e encontrar coragem para partilhar com todos um destino de esperança, esse traço indubitável que provém de saber que estamos acompanhados pelo Senhor. Como cristãos, não podemos reservar o Senhor para nós mesmos: a missão evangelizadora da Igreja exprime a sua valência integral e pública na transformação do mundo e na salvaguarda da criação.

Um convite a cada um de nós

O tema do Dia Mundial das Missões deste ano – «não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos» (At 4, 20) – é um convite dirigido a cada um de nós para cuidar e dar a conhecer aquilo que tem no coração. Esta missão é, e sempre foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar» (São Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 14). No isolamento pessoal ou fechando-se em pequenos grupos, a nossa vida de fé esmorece, perde profecia e capacidade de encanto e gratidão; por sua própria dinâmica, exige uma abertura crescente, capaz de alcançar e abraçar a todos. Atraídos pelo Senhor e a vida nova que oferecia, os primeiros cristãos, em vez de cederem à tentação de se fechar numa elite, foram ao encontro dos povos para testemunhar o que viram e ouviram: o Reino de Deus está próximo. Fizeram-no com a generosidade, gratidão e nobreza próprias das pessoas que semeiam, sabendo que outros comerão o fruto da sua dedicação e sacrifício. Por isso apraz-me pensar que «mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira, porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com muitas fragilidades» (Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 239).

No Dia Mundial das Missões que se celebra anualmente no penúltimo domingo de outubro, recordamos com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção.

Contemplar o seu testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência, «ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2), cientes de que a vocação para a missão não é algo do passado nem uma recordação romântica de outrora. Hoje, Jesus precisa de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão. E esta chamada, faz a todos nós, embora não da mesma forma. Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma cidade ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial. Sempre, mas especialmente nestes tempos de pandemia, é importante aumentar a capacidade diária de alargar os nossos círculos, chegar àqueles que, espontaneamente, não sentiria como parte do «meu mundo de interesses», embora estejam perto de nós (cf. Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 97). Viver a missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã. Que o seu amor de compaixão desperte também o nosso e, a todos, nos torne discípulos missionários.

Maria, a primeira discípula missionária, faça crescer em todos os batizados o desejo de ser sal e luz nas nossas terras (cf. Mt 5, 13-14).

Roma, em São João de Latrão, na Solenidade da Epifania do Senhor, 6 de janeiro de 2021.

Francisco

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